Caro leitor;
Imagine que vive a um quarteirão do supermercado de sua preferência, que pega na carteira e vai a pé ao referido para comprar umas tantas coisas que precisa, e quando lá chega, dá por falta da carteira. Fica apreensivo e com o “coração aos saltos” faz o trajeto de volta para ver se encontra a carteira caída em qualquer lugar; mas, nada! Abre a porta de casa na expectativa de que a tenha deixado por ali esquecida; e, nada!
Entre a apreensão de ter perdido dinheiro e diversos documentos, ainda está em estado de choque quando ouve o toque insistente da campainha de casa. Abre a porta ainda em estado de choque e alguém lhe diz: – Olhe… encontrei esta carteira no chão, e através dos documentos identifiquei a sua morada.
Aqui tem o que lhe pertence!
Entre o alívio, a alegria e a honradez da pessoa que está na sua frente, solta de imediato um sorriso de todo o tamanho. Cumprimenta-o, agradece uma, duas vezes, enquanto a outra pessoa que concluira o que viera fazer, se afasta feliz por te ver feliz.
Ora bem…, considerando o tema de perdidos e achados, Deus fica feliz por cada um dos seus filhos que “volte para casa”. Sendo que Deus em sua autenticidade revela-se como força criadora e sustentadora, sendo que nessa lógica todas as coisas são Dele e para Ele.
Contudo, com o pecado, Adão e Eva de certa forma emperraram o mecanismo original da conciliação. E como forma de solucionar o problema Deus fez-se homem na pessoa de Jesus Cristo, que em missão salvífica estabeleceu através de si a forma de reconciliar o homem com Deus. Isto é, ao morrer na cruz e ao ressuscitar ao terceiro dia eliminou dessa forma a penalidade que advém de Adão e Eva e permitiu a reconciliação, bastando para tanto aos humanos para salvação aceitarem-no como o caminho e a verdade.
Ainda sobre este tema de perdidos e achados em Lucas 15:3-7 pode-se ler o seguinte; “Então ele lhes propôs esta parábola: Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre? E achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo; e chegando a casa, reune os vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. Digo-vos que assim haverá maior alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.”
Só o incomensurável amor de Deus permite a reconciliação, e a leitura dos versículos acima sugerem a felicidade de Deus por cada alma salva, o que contrasta com os fraccionamentos de um mundo soberbo em busca da sua própria glória, despida de afetos mas revestido de palmas de ouro incrustado de rubis.
Da mesma maneira que Deus se alegra com aquele que se arrepende e se volta para Ele. Assim, também deverá ser a alegria do achado pelo facto de ser perdoado, de se voltar ao princípio do primeiro amor através de Jesus Cristo, o Salvador. O regozijo de ser-se amado pelo Criador, e quando dessa percepção, o provocar necessariamente o clique do novo despertar. A convicção de que se é um pecador a precisar de remissão. O valor de se sentir amado por um amor supremo.
Não são sentimentos avulsos, mas a firme convicção de que Deus é o centro de toda a razão, e que nós precisamos Dele. Ele é o pai que gosta da presença contínua dos seus filhos em torno de si.
Graça e Paz!
Be First to Comment