Deus na sua obra da criação executou tudo segundo a sua vontade, e tudo fez a seu gosto e com devida ordem tendo em vista complementaridades que determinou na obra. Assim, as florestas precisam do sol, da chuva e de nutrientes; os peixes precisam da água corrente para habitar; a vida precisa de condições favoráveis para subsistir, e o homem precisa de Deus como Senhor e Salvador, ainda que muitos não entendam.
Assim, quando Deus criou o homem, fê-lo conscientemente. E da costela de Adão fez a mulher, dando-lhes a liberdade de auferirem dos passeios no jardim do Éden e auferirem da Sua presença. Porém, o homem ao pecar, subverteu toda a lógica do amor conferido por Deus nessa sua criação, ao introduzir um elemento estranho e perturbador na ordem estabelecida.
Se no jardim do Éden os frutos abundavam, então o elemento primordial era o amor de Deus dispensado ao homem, e que este não soube preservar ao quebrar o elo de confiança ao comer precisamente do fruto proibido.
Ora, o homem estaria irremediavelmente perdido se Deus na sua infinita misericórdia não tivesse encontrado solução plausível através Dele, que feito homem, veio em forma de humano para viver entre os homens, morrer por morte de cruz e ressuscitar ao terceiro dia, para salvação da humanidade. Neste ato de amor pela humanidade Deus repôs justiça; pelo facto de por um homem, Adão, ter entrado o pecado no mundo; e por um outro homem, Jesus Cristo, restabelecer a confiança que se havia perdido. De certo modo direi que, o Reino de Deus (é o novo Éden, no coração de cada pessoa) onde tem que imperar a palavra do Senhor, a paz, a concórdia, a fidelidade, a benignidade, a justiça, a ordem, e o amor. Sendo que é no aceitar Jesus Cristo, como Salvador, que o homem é justificado. Ou seja, que passa da morte para a vida em Jesus Cristo, a luz do mundo.
Atente–se para o que nos refere o Salmo (85:8-12): “Escutarei o que Deus, o Senhor, disser; porque falará de paz ao seu povo, e aos seus santos, contanto que não voltem à insensatez. Certamente que a sua salvação está perto daqueles que o temem, para que a glória habite em nossa terra. A benignidade e a fidelidade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram. A fidelidade brota da terra, e a justiça olha desde o céu. O Senhor dará o que é bom, e a nossa terra produzirá o seu fruto.”
Entenda-se que é Jesus Cristo, o Senhor, o Salvador, que o salmista em sua sensibilidade descritiva realça, na introdução da justiça e a paz a beijarem-se; na medida em que estes dois elementos se complementam como parte integrante do espírito do Reino de Deus.
Se o salmista entre os vários elementos sublinhados no salmo em apreço nos desafia a praticarmos a paz e a justiça; infelizmente vivem-se tempos em que proliferam guerras atrás de guerras, onde determinados humanos apelam para a natureza animalesca, em total desrespeito pelos valores do Reino de Deus. Além disso, Deus criou o homem para viver em complementaridade consigo mesmo no Éden; mas o pecado está na origem de toda esta desumanização.
O salmista chama de insensatos todos aqueles que rejeitam o amor, a fidelidade, a paz e a justiça. Porque ao fazê-lo contrariam as advertências do Senhor, porquanto o homem só se complementa verdadeiramente com a aceitação do Senhor; sobre o qual João (14:16-17) refere como palavras de Jesus Cristo: “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre. A saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós.”
Graça e Paz!
Be First to Comment