Por curioso a nossa vida é comparável a um caminho que temos de percorrer. Nesse caminho, existem percalços que são mais ou menos difíceis de transpor, sendo que existirão pessoas que por esta ou por aquela razão, não conseguem suplantar esses obstáculos e ficam por ali. Outros há, mais persistentes, mais cautelosos, que conseguem continuar o percurso por muitos e muitos anos.
Se em tempos idos, as pessoas deslocavam-se a pé, ou em uma qualquer montada, faziam-no com o temor de serem assaltados, de serem enganados e roubados dos poucos pertences que levavam consigo. Hoje em dia, a maioria das pessoas viaja de carro, avião, barco, moto, ou comboio, mas não deixam de estar sujeitos ao bom desempenho dos equipamentos técnicos do transporte em que viajam, pelo que esperam que tudo corra bem.
Mas, ainda que viajemos no mais sofisticado meio de transporte, ele não é totalmente impeditivo que possa haver imponderáveis; embora o desejo de se chegar a algum lado que pode ser a nossa casa, a nossa cidade, o nosso lugar, o nosso abrigo, o nosso caminho; esse, onde a mais das vezes queremos sentirmo-nos acompanhados, porque a viagem solitária é deveras penosa.
E nesse contexto lembro-me de algumas conversas que tive com o Pastor Cavaco do Norte, em que ele me dizia: que em suas viagens para vender cadeirinhas para bébe por todo o País, muitas das vezes sentia-se acompanhado por Deus. Que era como uma força suplementar que o ajudava a superar os quilómetros até que chegasse ao destino. E nesses momentos dialogava profundamente com Deus; fosse por oração com os olhos postos na estrada, fosse num simples diálogo. Que eram momentos de grande intimidade.
É isso mesmo! A vida é o tal caminho em que precisamos de nos sentirmos acompanhados, pela força e graça do Espírito Santo, para que nos alerte das manhas e artimanhas do inimigo, que nos quer retirar do privilégio da caminhada em santificação.
A palavra de Deus em Isaías (26:9-11) refere o seguinte: “Minha alma te deseja de noite; sim, o meu espírito, dentro de mim, diligentemente te busca; porque, quando os teus juízos estão na terra, os moradores do mundo aprendem justiça. Ainda que se mostre favor ao ímpio, ele não aprende justiça; até na terra da retidão ele pratica a iniquidade, e não atenta para a majestade do Senhor. Senhor, a tua mão está levantada, contudo eles não a vêem; vê-la-ão, porém, e confundir-se-ão por causa do zelo que tens do teu povo; e o fogo reservado para os teus adversários os devorará”.
De acordo com os versículos acima referenciados, quão bom é buscar diligentemente ao Senhor. Ele nos presenteia com a sua graça, e a sua graça nos basta. E é no desejo dessa sua graça que o caminho se faz caminhando.
Bendito Deus que levanta a sua mão para nos chamar, para que caminhemos na Sua direção; porque quando a Sua mão se levanta para rejeitar, é tremendo, é o abismo em meio ao caminho.
O Senhor jamais se esquece do seu povo. Ele é zeloso e cumpre com as suas promessas. A palavra de Deus em 2 Pedro (3:13) refere o seguinte: “Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e uma nova terra, nos quais habita a justiça”.
Ou seja, o Senhor de acordo com a sua promessa, chamará o seu povo para uma nova existencialidade, a que usualmente se chama de paraíso, cujo usufruto na eternidade é o estar-se na presença de Deus para todo o sempre.
O caminho individual de cada indivíduo, pode passar pela sociedade onde se está inserido, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pelo conhecimento, pelas coisas que se possuem, pela ociosidade e pela ciência, que tudo isso pode ser legal, mas não deixa de ser passageiro. Porque o verdadeiro alvo a considerar é o Reino de Deus e a sua Justiça. Esse sim, a verdadeira razão que nos deve nortear.
Graça e Paz!
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