Quem já não ouviu de um amigo, um parente, um vizinho ou dum desconhecido em tom de desaprovação a seguinte frase: “aqui se faz, aqui se paga!”
Essa frase carrega em si um incomodo em fermentação que levará que a pessoa revide no momento em que achar conveniente. É a justiça feita pelas suas próprias mãos, que pode estar no centro de um conflito de maior proporção, sem que as partes ganhem com isso. Por certo, e sem solução amigável, melhor seria balizar a questão em tribunal como garante de decisão aceitável.
A palavra de Deus em Colossenses (3:12-14) diz o seguinte: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição.”
A palavra de Deus está precisamente em contraciclo com o – aqui se faz, aqui se paga – porquanto Deus apela para que os seus seguidores sejam pessoas dóceis no trato de uns para com os outros, perdoando as ofensas, por afirmativo vínculo a Jesus Cristo, que se doou na cruz em remissão dos pecados da humanidade.
A palavra perdão, que significa absolvição da penalidade, desculpa que se concede ao faltoso, é um ato que provém de um coração cuja benevolência se escora no amor, em concordância com o que aponta a escritura “que é o vínculo da perfeição”.
É verdade que enquanto homens somos imperfeitos, mas o amor que provém de Deus e que devemos contemplar indiscriminadamente os outros, esse sim, é perfeito. Deus se regozija com isso.
Um individuo soberbo e desafeto para com Deus, não consegue atingir a essência da misericórdia para perdoar em amor. Ele agirá unicamente segundo os seus próprios interesses. E não é isso que Deus quer, conforme se pode considerar em Efésios (4:30-32) que refere o seguinte: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfémia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”.
O extravasar de situações conflituantes no íntimo do individuo, são como as águas revoltas que não se sabe ao que levam. Esse agitar de águas, pode levar a que inesperadamente galgue margens e invada campos, florestas, casas e ruas, em prejuízo de tudo e de todos. Assim, a amargura, a cólera, a ira, a gritaria e a blasfémia são motivos de preocupação, pelas reações intempestivas que podem provocar.
Em sentido contrário está a palavra de Deus que diz: `sede compassivos´, ou seja, desafia-nos a sermos compadecidos com os outros, tal como o Senhor o fez connosco.
Graça e Paz!
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