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E AOS DOMINGOS …

Despacha-te que já vais chegar atrasado!

Se me tivesse levantado mais cedo, não seria chamado à atenção e não precisava de me apressar. Mas, o sono da manhã num domingo é inebriador. Ainda que reformado e com disponibilidade de tempo, o domingo não deixa de ser um dia especial, o dia do Senhor. Daí a chamada de atenção.

O duche da manhã, o fato domingueiro – que a mais das vezes é igual aos outros dia – mas, com um acerta aqui, puxa ali, e até parece que a roupa faz questão de assentar melhor. Os cereais do pequeno almoço são consumidos apressadamente, mas sem engasgos; a chave do carro e o motor ronca insatisfeito pela quebra do descanso, e lá vou…, vou com prazer e não por obrigação.

Estaciono o carro no parque do mercado municipal da Figueira da Foz e caminho descontraidamente em direção à igreja, a mais das vezes com um atraso de 15 a 20 minutos, relativamente ao começo do culto.

Sem incomodo, transponho a porta para embrenhar-me no espaço onde o culto é o elemento central, que eu e as demais pessoas buscam.

O Senhor atraía e atrai pessoas para a sua e nossa causa (enquanto seguidores de Cristo); que não pode deixar de ser a de vidas regeneras pelo seu sangue.

A cruz é um símbolo, a bíblia é a palavra de Deus aos homens. Os praticantes sentados em bancos corridos – conhecendo-se, ou não – querem ouvir, meditar, exaltar e seguir a palavra, onde vidas e vidas encontram esperança, significado, dignidade, certezas e caminho.

São momentos de comunhão e transparência interior, onde se reconheçe o incomensurável amor do Senhor.

A palavra impacta cada coração, sem que as pessoas devam transferir esses impactos para esta ou aquela pessoa em particular. É verdade, que essa mesma palavra, pode atuar precisamente com mais incidência nesta, ou naquela pessoa, mas tudo pela força da própria palavra. E nunca pela oratória humana, mais ou menos direcionadas. Porque reparos a fazer a alguém, devem ser no recato.

Contudo, a palavra tem por destino todos os ouvintes, na justa medida em que Deus não faz aceção de pessoas. Se há pessoas que a ouvem, outras rejeitam-na, faz parte da liberdade que Deus concedeu ao homem, porque não os criou como autómatos.

O Senhor vive entre os louvores, e a igreja entusiasticamente canta louvores por aquilo que Ele é, e pelo Seu grande amor.

Porém, se alguém quiser chorar, pode fazê-lo. Porque não o faz a homens, mas a Deus; que lê o coração dos necessitados, dos sofridos, dos precisados, dos arrependidos, ou de uma qualquer face perante aquilo que Deus é.

O culto nas suas mais diversas fazes, tem que ser uma rendição do homem a Deus. Ainda que essa rendição se possa efetuar em qualquer lugar, porque Deus faz morada no coração dos seus adoradores.

O culto termina, e as pessoas saúdam-se por irmãos na fé, e por estarem irmanados na felicidade em Deus.

São horas de regressar a casa.

Congratulações, despedidas, apertos de mão, sorrisos, e as pessoas vão às suas vidas…, na expetativa de que o caminho com Deus, faz-se caminhando.

No meu caso, quando chego ao carro, este queixa-se da incidência dos raios solares – que inevitavelmente provocam um choque térmico – a realidade do dia, mas não faz que a tranquilidade adquirida na casa do Senhor desapareça como que por encanto. E lá vou…

Durante a semana deveria fazê-lo mais vezes, mas tenho responsabilidades impeditivas para o fazer. Mas, também sei, que o Senhor não se importa. Porque Ele ajuda-me na justa medida das minhas responsabilidades.

Published inTextos Cristãos

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