Por sua ordem, Deus criou os céus, a terra, as águas, os seres vivos, as estações do ano, as estrelas, os cometas, o espaço sideral; em suma, tudo o que existe.
Deus não fez as coisas para as deixar ao abandono.
Ele fê-las segundo regras que as sustentam, certificando por sua mão a sustentabilidade de toda a sua criação. Nada do que foi criado foi por acaso; na medida em que tudo o que criou se encaixa e se complementa no seu propósito; ainda que nós os humanos não consigamos perceber a verdadeira razão de muitas dessas coisas, tal como o interesse de um buraco negro no espaço capaz de engolir uma estrela.
Hoje em dia discute-se (e muito bem) a sustentabilidade da água, das temperaturas, dos recursos fósseis, etc. sendo certo que os desequilíbrios desses fatores, são de origem humana. É entendível que se o homem não fizer um verdadeiro esforço no sentido de tentar não destruir, pode estar a caminhar como que de olhos vendados para um verdadeiro desastre.
Porém, quer o homem queira ou não, Deus tem a sua mão na história. Ele saberá como, e quando agir.
Deus ao criar o homem, concebeu-o com determinadas caraterísticas, tais como a inteligência, através da qual domina e subjuga outros animais, e usa e abusa dos recursos naturais a seu favor. Muitas das vezes mais movido pela soberba, do que pela necessidade. E esse tem sido o busílis da questão!
A soberba no homem tem sido uma fonte de conflitos desde a existência do primeiro homem com relação a Deus, como foi a origem do pecado de Adão e Eva, por querem ser iguais a Deus. Mas também, a desigualdade entre homens, quando uns, se acham superiores aos outros. Ou, quando exercem o poder para subjugação de oprimidos, enfraquecidos, necessitados e desenraizados.
Se na antiguidade o imperador tinha o poder para decidir se o gladiador vivia ou morria. Hoje em dia, continuam muitos imperadores (em sentido figurado) a ditar a vida de outros, e não é preciso muito esforço para que os identifiquemos nas sociedades contemporâneas.
Na sua carta aos romanos (12:14-17) o apóstolo Paulo escreve: “abençoai aos que vos perseguem; abençoai, e não amaldiçoeis; alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram; sede unanimes entre vós; não ambicioneis coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios aos vossos olhos; a ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas dignas, perante todos os homens.”
Como se pode inferir destes versículos, o apóstolo Paulo está a dirigir-se a toda uma comunidade de crentes a viver em Roma. Todos aqueles desconfigurados das apetências da opulência da sociedade romana da época, por temerem a Deus.
Mas, Paulo não os incita para que seguissem os desvarios da sociedade de então, que se aproveitava do apogeu imperialista do momento. Mas, sim, que fossem solidários uns com os outros, e não se dessem aos atos de soberba, que os enfraqueceria na fraternidade entre iguais, e que os desviaria sem dúvidas do caminho da virtude.
E o temor ao Senhor serve de referencial para que se ame a Deus e ao próximo; mas também, que se respeite tudo aquilo que Deus criou. O temor coloca-nos no lugar de mordomos, e não de donos das coisas.
E volto à pergunta inicial, que não cheguei a concluir: e o que seria deste mundo se Deus não quisesse saber mais dele?
Pois é! … as coisas estão difíceis; mas sem Deus, o caos tomaria conta deste mundo.
Graça e Paz!
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