Entendo que não há ninguém que queira ficar doente; a não ser aquele que pretende passar-se por doente para tirar vantagem disso. Mas, doente mesmo, ninguém o deseja de facto. De um modo geral, a doença provoca mal-estar, sofrimento, mas também pode afetar os familiares, pelas preocupações e vigilância a todo tempo, que se tem que prestar.
Se há doenças relativamente fáceis de curar, outras há que são difíceis ou incuráveis aos olhos humanos. E no caso dos desenganados, quando a cura acontece, não é despiciente chamar-se de milagre. É um facto que a medicina está muito avançada, mas casos há que até os médicos não ficam totalmente indiferentes ao processo de cura.
Um milagre na verdadeira conceção da palavra só é possível pela intervenção de Deus. De um modo simplista digo que a cura pode ter origem na auto-regeneração, na ajuda especializada da medicina, ou pela graça de Deus.
Porém, Deus é o médico dos médicos, e a sua palavra em Êxodo 15:26 diz o seguinte: “Se ouvires atentamente a voz do Senhor teu Deus, e fizeres que é reto diante dos seus olhos, e inclinares os ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, sobre ti não enviarei nenhuma enfermidade que enviei sobre os egípcios; porque eu sou o Senhor que te sara”.
O curioso neste versículo, é que Deus põe uma condição para que os alivie das pragas e os cure. Para que tal pudesse acontecer: tinham de professar com acuidade os mandamentos e estatutos, para Ele responder com bênçãos.
Porém, no nosso dia-a-dia, muitas das vezes ignoramos Deus, ou até o rejeitamos; mas nos momentos de aflição queixamo-nos porque Ele não veio em nosso socorro.
É verdade que Deus age de sua própria vontade, e nem sempre nos auxilia como e quando nós queremos. Se assim não fosse, estaria constantemente a quebrar a leis universais que Ele criou e que nos regem. O mundo seria um caos, uma verdadeira bagunça.
Deus tem agido em conformidade com os seus propósitos, que o homem nem sempre está preparado para entender. Mas o destaque da bênção, vai essencialmente no sentido de que os homens reconheçam donde ele provem. Mas, ainda assim, se o reconhecem no momento, esquecem-no logo mais, procurando respostas que lhe são mais comodas aos olhos de terceiros.
Jesus Cristo o Deus feito homem fez vários milagres; note-se o descrito em Mateus (20:30-34): “E eis que dois cegos, sentados junto do caminho, ouvindo que Jesus passava, clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós. E a multidão os repreendeu, para que se calassem; eles, porém, clamaram ainda mais alto, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de nós. E Jesus, parando, chamou-os e perguntou: Que quereis que vos faça? Disseram-lhes eles: Senhor, que nos abram os olhos. E Jesus, movido de compaixão, tocou-lhes os olhos, e imediatamente recuperam a vista, e o seguiram.”
Por certo os cegos ao chamarem-lhe Senhor, Filho de Davi, eles conheciam a Torá que já então apontava que o Messias estaria ligado à casa de Davi. E nesse contexto, os cegos sabiam que a oportunidade de suas vidas estava Naquele que passava em frente deles. O tal Messias, a quem esperavam.
Ora, … Jesus Cristo também sabia o que é que eles criam. Mas, perguntou-lhes para que se exprimissem frente à multidão, e desse modo a multidão ficasse a perceber que Ele era o tal Messias, o prometido de Deus.
E o milagre realizou-se. Se os cegos acreditavam que Ele era o Messias, passaram a segui-lo por aquilo que Jesus Cristo é, e pela oferta do Seu Reino.
Se a cura física é um bem em si, a cura espiritual acresce valor, como herança celestial da eternidade.
Graça e Paz!
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