OPORTUNIDADE

Em determinado momento e por circunstâncias que podem propiciar algo, é ao que vulgo consideramos de oportunidade.

Contudo, há quem crie oportunidades e quem espere pelas oportunidades.

Na contemporaneidade valorizam-se aqueles que aproveitam as oportunidades; seja no âmbito do empreendedorismo, do profissionalismo, do enriquecimento intelectual, das afinidades culturais, sociais ou espirituais.

Ainda, assim, há aqueles que parecem que as oportunidades lhes são dadas de mão beijada, e os que as deixam passar sem se divisarem, e por tal, queixam-se de que nunca são contemplados.

No entanto e neste escrito, o que pretendo ressaltar são alguns exemplos de oportunidades espirituais: em Atos (16:13-15) o apóstolo Paulo estava na cidade de Filipos (Macedónia) e o relato bíblico diz o seguinte: “No sábado saímos portas fora para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar de oração e, sentados, falávamos às mulheres ali reunidas. E certa mulher chamada Lídia, vendedora de purpura, da cidade de Tiatira, e que temia a Deus, nos escutava e o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia. Depois que foi batizada, ela e a sua casa, rogou-nos, dizendo: Se haveis julgado que eu sou fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali. E nos rogou a isso.”

Provavelmente se Paulo não ousasse falar para aquelas mulheres, talvez Lídia não tivesse oportunidade de ouvir falar do Cristo ressuscitado.

Porém, Paulo ao falar, criou as condições para o Espírito Santo tocar o coração de Lídia e de acordo com o relato bíblico: toda a sua casa foi desperta para aceitar Jesus Cristo o Salvador. Foi como que uma bola de neve, que ao rolar foi tomando mais e mais volume. Todavia, junto a Lídia havia outras mulheres, e o relato bíblico não as ressalta; porque possivelmente elas não quiseram atender para a oportunidade das palavras de Paulo. Ignoraram as palavras, possivelmente porque tinham em conta outras prioridades; ainda que Deus possa não ter desistido delas, e terem sido despertas em outra ocasião. No momento em que Paulo falou, só Lídia foi desperta.

Agora veja-se o relato em Mateus (9:19-22) que diz o seguinte: “Levantou-se, pois, Jesus, e foi seguindo, ele e os seus discípulos. E eis que certa mulher, que havia doze anos padecia de uma hemorragia, chegou por detrás dele e tocou-lhe a orla do manto; porque dizia consigo: Se eu tão-somente tocar-lhe o manto, ficarei sã. Mas Jesus, voltando-se e vendo-a, disse: Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E desde aquela hora a mulher ficou sã”.

Sem dúvidas que aquela mulher apercebeu-se da oportunidade, e movida por fé tocou o manto, provocando a bênção com que Jesus a obsequiou.

Provavelmente se ela se tivesse apenas detido para ver passar o Senhor Jesus, o milagre não teria acontecido em sua vida. Ela ao abeirar-se de Jesus, e ao tocar no manto quis sem alarde agarrar a única oportunidade de cura. O Senhor Jesus de certo que já sabia ao que ela vinha, mas quis testemunhar aos olhos dos seus discípulos da fé daquela mulher. Um coração cheio de fé, mas com doença física a precisar dos reparos que só Deus poderia efetuar. Não foi o manto que a curou, o manto não tinha virtude; o que a curou foi Jesus que antecipadamente lera o ia no coração daquela mulher, e esperou que ela caminhasse para Ele em fé.

Deus é Salvação. Mas, também é amor, restauro, paz, alegria, conforto, esperança, razão das razões, que nos deve levar a que apeados dos nossos preconceitos, e munidos de fé, toquemos o Seu Coração expondo-lhe os nossos pecados e as nossas prementes necessidades, que Ele tomará em conta e nos obsequiará segundo a Sua vontade.

Graça e Paz!