NATAL

O dia convencionado para se celebrar o nascimento de Jesus aproxima-se. Já os enfeites de rua estão a ser montados, as lojas a embelezar as montras, as pastelarias a publicitarem as guloseimas da época, e até o clima é convidativo para a reflexão e festejos em homenagem a Emanuel “O Deus connosco”.

Provavelmente Jesus Cristo não nasceu no dia 25 de Dezembro, a julgar pela presença dos pastores no campo com os seus rebanhos, o que fazem pensar como mais acertado considerar-se um destes meses: Março, Abril ou Maio.

Contudo, o Senhor Jesus de certo não se importa pela falta de rigor na data do seu nascimento, pelo facto de muitos e muitos cristãos, celebrarem o seu nascimento pela concretização do processo da vinda do Messias a este mundo, para viver entre homens no cumprimento da promessa.

Se os festejos passam pelo culto, louvor, adoração, leitura de passagens bíblicas com enfase nas profecias, relatos de nascimento e perseguição pelo rei Herodes; ou enquanto jovem, afirmação espiritual capaz de debater com os rabinos no templo – a que chamou a casa de meu Pai – até aos pormenores do seu ministério, onde anunciava que era chegado o Reino dos Céus. Tudo, isso, faz parte das celebrações do verdadeiro Natal com Jesus.

Confesso que em época de festejos gosto muito de um hino alusivo ao nascimento, da qual transcrevo um pouquinho: “Alerta, ó terra, entoa o canto que ressoa/ O mundo pecador tem grande sorte e boa/ A nova se vos dá, e quão alegre soa/ Nasceu ao Redentor!/ Nasceu o Redentor! Nasceu o Redentor!/ O eterno Pai do Céu seu Filho ao mundo deu./ Alerta, ó terra, entoa a nova alegre e boa:/ Nasceu o Redentor/ A noite já passou, a aurora já raiou;/ O negro e denso véu de todo se rasgou./ Dos montes através o brado ressoou/ Nasceu o Redentor …

É verdade que este hino é de vida, de celebração, e também o é, no propósito para que veio, isto é: em prol da humanidade. Porque sem o seu nascimento, não haveria a sujeição a que teve que passar, pela mão de algozes (que somos todos nós), pelo que foi chicoteado, humilhado, pregado na cruz, morto, e ressuscitou ao terceiro dia, tomando sobre si todos os nossos pecados.

Jesus Cristo é vida, e veio para nos dar vida.

Atente-se para o que Ele disse: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e vida em abundância” João 10:10

No versículo acima o ladrão significa ser-se prisioneiro do pecado, do maligno, do mundanismo.

Contudo, o que Jesus nos diz é que quem esteja com Ele, herdará a vida eterna. É vida com Deus; vida em celebração pela chegada do Reino dos Céus; é desde logo amar e sentir-se amado. Daí, um crente, pesem as dificuldades, encara-as na expectativa de que está sob a proteção do Senhor.

Celebremos o nascimento de Jesus, porque sem Natal não havia ressurreição, e sem ressurreição, estaríamos mortos em nossos delitos.