Enquanto humanos nascemos, crescemos, vivemos, segundo características que nos são muito próprias. Uns são altos, outros baixos, magros, gordos, emotivos, frios, corajosos, medrosos, insinuantes, despretensiosos, arrogantes, pacientes, irrefletidos, queixosos, concordantes e por aí adiante.
Daí, cada um é um ser único.
O curioso da questão é que enquanto humanos, essas características podem aproximarem-nos, ou afastarem-nos, amarmo-nos ou odiarmos; no sentido da amplificação societária da versão preferida, da qual cada um procura aglutinar para o seu universo, de acordo com a sua vontade.
Entendo como visível esse comportamento para o bem e para o mal, no mundo da política, da religiosidade, do desporto e do confirmativo mundo financeiro.
Porém, Deus conhecendo todas as nossas caraterísticas, quer as positivas como as negativas, Ele por amor a cada um dos humanos se fez homem para viver entre os homens, refrescando-nos interiormente ao dar-se a conhecer, e instaurando a forma de restauro da relação quebrada pelo pecado, na medida em que todos nós somos pecadores a precisarmos da graça de Deus.
E na sua missão salvífica, ensinou-nos o amor a Deus e ao próximo, sem distinções, tendo por base a salvação de todos os contritos que o aceitem como Senhor e Salvador.
E nessa sua incumbência escolheu homens considerados comuns, para continuarem a proclamar a mensagem das boas novas.
E, entre esses, os primeiros, vulgarmente chamados de os doze apóstolos, dos quais destaco alguns como Pedro que tinha por característica sua a emotividade; João o mais novo entre eles, era amoroso; Mateus um cobrador de impostos ao serviço de Roma; Tomé um homem desconfiado, que queria ver para acreditar; e todos os restantes, que na certeza possuíam características determinadas nas suas personalidades.
Sem dúvidas que Deus escolheu para o seu serviço homens comuns, e não super-homens; dotados de capacidades ultras, porque esses querem-se e quedam-se bem nos filmes de ação.
Sendo que Deus na sua misericórdia, capacita todos aqueles que o aceitam para o amarem e servirem, potenciando positivamente determinadas “características pessoais” pela renovação interior, para que sejam portadores da sua palavra com intrepidez. E se preciso for, levar o evangelho aos lugares mais recônditos e inesperados, seja pelo dom de oratória, serviço, conhecimento, sensatez, estímulo e perseverança.
O apóstolo Paulo numa referência aos dons, faz defesa em Romanos 12: 5-9 do seguinte modo: “Assim, nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é mistério, seja em ministrar, se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia com alegria. O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.”
Sem dúvidas que o apóstolo exorta a que cada um de nós, para que coloquemos os nossos dons e talentos para servir o Senhor nosso Deus. E nesse contexto, cada um contribuirá nas pequenas e grandes coisas, para que a obra salvífica de Cristo seja conhecida. Porque se na verdade há palestrantes capazes de encherem praças, estádios e grandes igrejas, outros há, que as suas capacidades se dirigem ao evangelismo de pessoa a pessoa, e ainda os há, os que dão de si servindo nos mais diversos ministérios da igreja com todo o zelo e dedicação.
Como motivação para este ano, iniciemo-lo interiorizando Efésios 2:10 que diz-nos o seguinte: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas.”
Graça e Paz!
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