Se pensarmos para que serve uma porta numa casa: direi que serve para abrir, ou vedar a entrada a um determinado espaço, de acordo com a conveniência da pessoa que a impulsiona.
Não importa se o espaço está limpo, sujo, ventilado ou não, a porta continuará a exercer a sua legítima função, e quem venha de fora, e queira usufruir do espaço por detrás daquela porta, terá que vir munido de uma chave, ou esperar a ação doutra pessoa que a abra para que possa então penetrar.
Uma coisa é certa, a porta não se abre sozinha. Para que se abra, ou feche, precisa incontestavelmente que seja sujeita à vontade e ao manuseamento de mão humana.
É curioso que o apóstolo João quando estava preso na ilha de Patmos, escreveu o seguinte: (Apocalipse 3:20) “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.
Ora, o apóstolo João naquela metáfora estava a mencionar a pessoa de Jesus, como estando a bater ao coração, ou melhor, ao consciente interior de cada humano, e a pedir para que o aceite como seu Senhor e Salvador.
E como é um pedido e não uma imposição, cabe a cada um recebe-lo, ou não, porque as responsabilidades em juízo (espiritual) não é enjeitável a terceiros, é do próprio.
No entanto os que o receberem, compreenderão por ação do Espírito Santo, que todo o lixo (pecado) interior tem que ser varrido, vai ser varrido, para dar lugar a uma nova ordem interior, que inexoravelmente irá mudar toda a forma de pensar, e todo o comportamento futuro.
E essa passagem de estado é aquilo que está muito bem descrito em João 3:1-11 “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo. O vento sopra onde quer, e ouves a sua voz; mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode ser isto? Respondeu-lhe Jesus: Tu és mestre em Israel, e não entendes estas coisas? Em verdade, em verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testemunhamos o que temos visto; e não aceitais o nosso testemunho!”
Ora bem!
É verdade que nós, de uma forma geral, somos os Nicodemos deste mundo, e que soltaremos outras e variadas dúvidas que advêm da nossa condicionada racionalidade humana, uma vez que como homens, temos limitações.
Mas, chegados aqui, deixemos que o Espírito Santo fale mais alto e nos dote de fé, a partir da qual encarregar-se-á de nos mostrar que somos feitura de Deus, uns simples vasos de barro, mas ainda, assim, muito queridos aos olhos de Deus.
E aí o processo transformador fará desabrochar toda uma verdade, que até então não tinhamos capacidade para entender, da qual sentimos paz connosco mesmo, por amor daquele que nos amou primeiro, Jesus o Salvador.
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