É curioso que os crentes evangélicos, entre si, utilizam determinado vocabulário, apelidado por um diácono da igreja onde congrego, de igrejês. Familiarizamo-nos com determinada terminologia que passa e, muito bem, a fazer parte da nossa oralidade, que quem esteja fora essa influência fica um pouco confuso.
Veja-se: é usual entre crentes, o tratamento por irmãos. Para um não crente, necessariamente vai perguntar: mas vocês são irmãos? Porque essa pessoa relaciona imediatamente o termo com a consanguinidade. Pelo que a explicação, advém de sermos filhos de Deus; logo, portanto, irmãos em Cristo Jesus.
Uma outra referência não menos significativa, é a utilização do termo igreja; que para um não avisado, entende como a estrutura arquitetónica do templo. Quando na verdade, se está a falar do conjunto dos crentes participantes da igreja local; e na eternidade, universal.
Também, a palavra santo: a referência a santos como pessoas justificadas pelo sangue de Cristo, é para os não conhecedores um adjetivo inimaginável, porque veem na representação de escultura, a figuração de pessoa em altar. Quando na verdade, é tão só, aquele que já aceitou Jesus Cristo por Senhor e Salvador. O justificado pelo sangue do Cordeiro na cruz.
Nesse sentido atenda-se ao facto de as cartas paulinas, que começam com saudações afetuosas aos santos de cada uma das igrejas, para onde elas eram dirigidas. Pelo que a título de exemplo, cito o início da epístola ao Colossenses “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus, por vontade de Deus, e o irmão Timóteo: Aos santos fiéis irmãos em Cristo que se encontram em Colossos: Graça e paz a vós outros da parte de Deus nosso Pai”.
Ora, este tipo de linguagem é frequente de crente, para crente. E fora deste universo existe dificuldade em entender, muito por culpa do desconhecimento generalizado das escrituras, onde estas coisas estão naturalmente referenciadas.
Na minha igreja (isto é, onde congrego) porque a igreja é de Cristo; existe um irmão que diz, a cuidado: “a minha igreja é a melhor do mundo!” O que acontece, é que ele está a falar dos crentes como corpo da igreja, que reconhece como irmãos. E, daí, gerar-se a amizade, o companheirismo, e o altruísmo, no nome de Jesus; o que não quer dizer que não se passe em muitas outras igrejas, onde se revejam de entre os mesmos princípios.
Assim, entenda-se todo este léxico, que é usual entre os devotos das igrejas.etResponseHea
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