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SOLIDARIEDADE

Se atentos, chegam-nos através dos órgãos de comunicação social imagens chocantes, com movimentos de refugiados em vários lugares do nosso planeta.

Esses, homens, mulheres e crianças, são barrados impiedosamente nas fronteiras por barreiras de arame farpado e outros obstáculos, quer faça sol, chuva, neve, frio, e ali permanecem com dificuldades em alimentos, assistência médica e medicamentosa, e vivem em barracas feitas de todos os materiais que arranjam e ficam expetantes da boa-vontade de terceiros.

Seja lá a latitude onde isto está a acontecer, é realmente indigno que a política e os interesses económicos se sobreponham aos valores do homem na sua causa básica.

Dirão uns: estes não têm culpa da má governação daqueles, ou do compadrio daqueloutros, que não olham a meios e de certa forma estejam a forçar ao despejo os seus próprios concidadãos no mundo em busca de novas oportunidades.

Sem dúvidas que existem governantes indesejáveis. Porém, as necessidades prementes de estes, e dos outros, enquanto seres humanos é precisamente igual.

O ser humano merece viver com dignidade. E o altruísmo sem compadrios e sem segundas intensões deveria estar presente no respeito das Nações, de modo a que não houvesse necessidade da deslocação das massas populacionais vulneráveis, em busca de futuro que não encontram nos seus locais de origem.

Na perspetiva cristã a Palavra de Deus em Provérbios (14: 31) diz-nos o seguinte: “O que oprime o pobre, insulta aquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado a esse o honra.”

Veja-se, independentemente de se ser africano, asiático, europeu, todos temos uma origem comum em Adão. E nesse sentido Deus olha-nos com a mesma dedicação, o mesmo amor, e requerer de nós as mesmíssimas coisas.

Logo, enquanto humanos deveríamos cuidar uns dos outros, mas infelizmente isso não está a acontecer.

E, mais, num mundo globalizado como se pode entender que se “prendam” pessoas por fronteiras terrestres, quando em termos de bens materiais de maior e menor necessidade, transitam com maior ou menor documentação entre alfandegas, e por sua vez os humanos permanecem meses a fio sem conseguirem documentação que lhes permita igualmente transitar?

Tudo isto é surreal!

Provérbios 21:13 diz-nos o seguinte: “O que tapa o ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido.”

Entendo que enquanto cristãos, devemos estar atentos ao clamor daqueles que sofrem, ajudando, alertando, denunciando a injustiça no sentido do serviço ao próximo em amor cristão.

Termino com um alerta bem profundo, que se encontra em Ezequiel (16: 49) que refere o seguinte: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã soberba, com fartura de pão e próspera, tranquilidade teve de suas filhas, mas nunca amparou o pobre e o necessitado.”

Published inTextos Cristãos

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