Confesso que tenho medo de locais em que esteja metros acima do solo.
Provavelmente sofro de uma acrofobia, e fico deveras impressionado quando vejo indivíduos ainda que equipados com todos os elementos de segurança a trabalharem com todo o desembaraço em andaimes, escadas, ou debruçados em janelas, ou, ainda, dependurados em cabos para limpeza de vidros, e por aí adiante.
Um dia destes numa caminhada descontraída tive que atravessar um viaduto, e deparei-me com a obrigatoriedade de utilizar a faixa para peões na lateral do respetivo viaduto, protegida pelo respetivo resguardo, pois a parte central do viaduto estava reservada a veículos. Acontece que a acrofobia me tolheu a tal ponto como se a força do abismo me estivesse a atrair a ele.
Que situação mais desagradável. Eu queria-me forte, e o meu corpo foi tomado de tremor desajustado numa situação que deveria estar completamente orientada.
E para tentar ultrapassar a situação, tive que fixar o olhar num ponto em que perdi o sentido da altura em que me encontrava, e desse modo consegui vencer o ridículo de tal situação.
De igual modo no percurso de vida o cristão depara-se inevitavelmente com várias tentações, e quantas das vezes essas tentações exercem o poder de atração e sedução, e para nos desviarmos temos que manter o foco em Jesus Cristo, para que as tentações não nos desviem do percurso concorde com a palavra de Deus.
A bíblia em Coríntios 10:13 refere o seguinte: “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele mesmo providenciará um escape, para que o possam suportar.”
Em consonância com o versículo atrás mencionado, não é demais lembrar um outro versículo relacionado com o tema, que se encontra em João 16:7-8 que diz: “Mas eu afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas, se eu for, eu o enviarei. Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”.
Sem dúvidas que as tentações são engodos que se nos colocam no nosso percurso de vida cristã, e que Jesus Cristo durante o seu percurso humano e entre os humanos, ultrapassou, sendo tentado, não pecou. E quando da sua ascensão aos céus deixou-nos o Espírito Santo, para que nos sentirmos acompanhados e ajudados, tal como afirmam os versículos acima referidos “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo”.
É realmente o Espírito Santo que nas suas múltiplas funções nos desperta para o reconhecimento do senhorio de Jesus Cristo; para o discernimento espiritual; e para a entronização de Deus nas pessoas do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.
Daí Jesus ter afirmado que era necessário que Ele fosse, mas que nos enviaria o Conselheiro, pois se assim não fora ficaríamos órfãos, amputados da presença de Deus.
O Espírito Santo é sem dúvidas, a presença constante de Deus em nós.
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