RELEGIÃO

O dicionário de língua portuguesa define a palavra religião como convicção religiosa, crença, doutrina, fé, tendência para se crer num ente superior. Há quem defenda que a palavra religião tem origem na palavra religar.

Porém, a Bíblia Sagrada, em Tiago 1:27, define-a do seguinte modo: “A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo”.

Ora, da leitura deste versículo fica claro que a religião cristã é praticável pelas ações que exaltem o Senhor Deus, naquilo que se faça ao próximo. Ou, seja, o amor posto ao serviço daqueles que sofrem, dos carecidos, dos abandonados, dos espezinhados; quer seja em consolação ou através de bens materiais, e ainda, no maior bem de todos, que é dar ao conhecimento Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

Tiago associa a religião à esfera de Deus, porquanto Ele se preocupa com cada pessoa, e uma das suas características é o amor. E é esse bem, que é o amor, comunicável de Deus para o homem, que está patente na ação de visitar; ou seja: de proximidade aos desfavorecidos, aos que sofrem.

Mas, Tiago não deixa de alertar que o praticante deve estar incontaminado do mundo. Ou seja: o mundo é o natural elemento afastador da proximidade a Deus; ressaltando que o mundo macula a ação por satisfação pessoal – pelo que se representa, ou tem (ego) – sem deixar transparecer o amor com proveniência em Deus.

Também o dicionário, na sua definição de religião como crença, doutrina, fé, tendência para se crer num ente superior, de certo modo se sincroniza com as declarações de Tiago que estão consonantes, na medida em que a sistematização doutrinária aponta inequivocamente para a igreja como as pessoas que compõem o corpo de Cristo; e a sua cabeça é o próprio Jesus Cristo, que é o princípio e o fim de todas as coisas, e tudo subsiste por ele e para ele.

No entanto, ressalto que a peça impulsionadora da religião é o amor comunicável de Deus. E, nesse sentido, não posso deixar de mencionar João 14:21, que refere o seguinte: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é que me ama; e aquele que me ama, será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele”.

Em conclusão: a ação manifesta na palavra visitar, que Tiago ressaltou, é entendível no querer dizer que aquilo que Jesus disse “e eu também o amarei e me manifestarei a ele” é a ação por intermediação de Jesus em favor do reino da glória.

Graça e Paz!