Acabei de visionar um vídeo da Oprah Winfrey, reconhecida jornalista, que também é atriz, psicóloga, e escritora, onde ela ainda jovem entrevistava um grupo se skinheads no intuito de os expor. E na sequência da entrevista acabou por ser humilhada e prometeu a si mesmo nunca mais cometer o mesmo erro, pois acabara por dar visibilidade a um grupo racista, em vez do contrário que se propunha conseguir, que era assinalar aos olhos dos telespetadores quanto errado aquele grupo estava.
Passados anos, dois dos indivíduos do grupo agora já bem seniores e de cabelos grisalhos voltavam a um dos seus programas, para pedirem desculpa e manifestarem o quanto estavam arrependidos daquilo que haviam feito e incentivado outros a fazer.
Na pessoa da jornalista, as desculpas foram publicamente aceites.
Perante a pergunta o que é que os levara a arrependerem-se: um deles no uso da palavra afirmou ter organizado um grupo que esteve na origem da morte de um cidadão de um estrangeiro, que para o efeito não importa aqui particularizar, e que esse facto o levou a reconsiderar o que efetivamente estava a fazer com a sua vida e com a dos outros.
Em consequências do acima relatado, fiquei a pensar naquilo que a bíblia refere em Romanos 5: 12 e que transcrevo: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram.”
Sendo certo que esse homem pelo qual entrou o pecado no mundo foi Adão, também mais adiante no versículo 17 diz: “Se pela ofensa de um, e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da justiça, reinarão em vida por meio de um só, a saber Jesus Cristo”.
Fiquei a pensar na força e objetividade das escrituras que nos indiciam como pecadores, carecidos de Jesus Cristo que assumiu as nossas culpas e desta forma como que por espelho nos tornou visíveis aos olhos de Deus.
E se Deus não nos quisesse ver jamais, o que seria de nós?
Ora, se já o pecado se infiltra em aspetos “ditos civilizacionais” como teorias imperialistas, dominância militar, racismo, xenofobia, corrupção, nepotismo, arbitrariedades, alheamento de Deus e do homem, e muito mais. O que na verdade pergunto é o que seria deste nosso mundo, se Deus se tivesse desinteressado totalmente do homem?
Possivelmente este mundo tornar-se-ia caótico, pela falta das leis espirituais que contundem em certos aspetos com as leis civis; estas últimas equacionadas de acordo com influências culturais e grupais refletidas nos diversos momentos da história dos povos, esquecidos de que todos somos raça humana, feitos à imagem de Deus, e para voltarmos para Deus.
Deixei o meu pensamento viajar um pouco, e deixei-o baixar neste exemplo: uma criança quando começa a tomar consciência do que está certo, e do que está errado.
Suponha-se que certa criança puxa o rabo do gato, e que a sua mãe o reprende por isso. Provavelmente logo que a mãe se afaste vai novamente puxar o rabo do gato, pela satisfação de o ver sofrer a ponto de miar e fugir, e pelo facto da sua mãe não estar a ver e achar que o gato não sendo um brinquedo, se deve sujeitar tal fosse um brinquedo.
E quem já não fez isso, ou coisa semelhante, e que hoje já adulto se lembra disso como uma traquinice, ou maldade?
Na verdade, tudo isso é indiciador de que por homem entrou o pecado no mundo, e nos faz da mesma massa pecadora de Adão. Logo, portanto, carecidos insistentemente da graça de Deus.
Lembro que iniciei este escrito com os skinheads, sem que eu mesmo nunca o tivesse sido. Mas, arrependo-me de muitos pecados que fiz, e continuo a ser um pecador redimido pelo sangue de Cristo, e que tenho que ter cuidado com as inclinações da carne.
Pelo que me apraz registar 1 Pedro 1:18-19 que refere o seguinte: “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo”.
Graça e Paz!
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