Um caminho é uma faixa de terreno limpo que permite a circulação de pessoas e veículos de um ponto para o outro, interligando assim espaços ou localidades por via terrestre.
Lembro-me que quando construi a minha casa, o terreno onde a ergui era de uma vinha envelhecida e sem tratamento.
E da estrada municipal até essa vinha, havia um caminho para carroças que desde logo comecei a forçar ao transitar por ele com o meu carro, acabando por marcar bem a referida faixa. E quando mais tarde outras pessoas começaram a construir ao meu redor e a utilizar o referido caminho, a junta de freguesia arranjou o caminho transformando-o em estrada pública de acesso a todos os moradores.
Provavelmente muitas das estradas referenciadas hoje em GPS e nos mapas comuns tiveram o seu início num trilho, depois passou a um caminho até chegarem a ser estradas públicas devidamente sinalizadas e asfaltadas
Ora bem, em linguagem figurativa o que Jesus tão bem sabia utilizar, ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).
Ou seja: genericamente a acessibilidade, o trajeto, a união entre pontos espirituais Pai, Filho, e Espírito Santo, na unidade de uma só essência, uma só vontade, uma só verdade, uma só razão, uma só pessoa, que se incorpora em Jesus Cristo, que veio a este mundo na forma de homem para no cumprimento das escrituras resgatar os homens das amarras do pecado e, transportá-lo para o estado de eternidade com Deus.
Não existem caminhos alternativos para essa verdade. Na medida em que os pontos de união estão Nele, como o Salvador e como Senhor, que com toda a autoridade um dia julgará os vivos e os mortos.
E mais, depois de se encontrar o caminho é necessário respeitar o trajeto sem que haja desvios. E a chave para o sucesso da referida viagem é no facto de se dar cumprimento ao conteúdo das escrituras, pois são nelas onde se encontram todas as recomendações para o percurso da vida.
É curioso porque Jesus Cristo andou acompanhado pelos seus discípulos, pelos caminhos pedregosos, solarengos, e poeirentos de Israel, onde os percorreu sempre a pé, excetuando quando para cumprimento das escrituras entrou em Jerusalém montado num jumentinho.
Provavelmente durante essas caminhadas cruzou com muitos outros transeuntes, sendo que uns prosseguiram os seus caminhos indiferentes a Jesus; e outros, por curiosidade, ou por verdadeiro interesse na palavra, seguiram-no continuamente porque o Espírito testificou com eles.
Agora, veja-se: num certo momento Jesus disse: “Entrai pela porta estreita, larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela, porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mateus 7:13-14).
Esta chamada de atenção leva a que pensemos que devemos desconfiar das autoestradas que hoje em dia somos estimulados a experimentar, supostamente ao volante de carros da fórmula um, no intuito de se testar o domínio humano sobre a máquina e sobre a estrada (caminho), a gosto das emoções e dos prazeres mundanos, ignorando a credibilidade da palavra de Deus.
Contudo, passada a emoção provocada pela vertigem da velocidade, fica o vazio!
E desse modo, permanecerá a sensação da procura e sem que se ache o que se procura.
Mas, o que Jesus nos convida é para que o seguirmos pelo caminho que Ele nos indica, e que se efetiva através da sua Palavra, com a certeza de um trajeto firme e que nos levará inevitavelmente até ao Pai. Porque o caminho tem por finalidade unir pontos; e no caso de Jesus, unir pontos espirituais em absoluto.
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