Estava aqui a pensar no movimento hippie que apareceu no ano de 1960 como aspeto de contracultura, que denunciava a guerra do Vietname e todas as outras guerras, além ambicionarem um mundo melhor; alicerçado na paz, no amor, mas também, na sexualidade, no álcool e nas drogas.
A partir de 1970 o movimento começou a perder força, e muitos desses hippies regressaram ao aconchego da comunidade que haviam denunciado, e provavelmente acabaram com o tempo a desempenhar funções executivas, empresariais, culturais, científicas, e uns tantos mergulharam fundo na depressão e desencaixaram do mundo real e foram consumidos pela voracidade dos tempos.
E o mundo real continuou com as suas perversões, guerras, violações dos direitos do homem, exploração dos mais fracos, delapidação dos recursos naturais, e quem sabe, quantos dos que defendiam um mundo novo não acabaram por embarcar naquilo que os seus pais já faziam.
Enquanto cristão acredito que a mudança do homem só se faz com a aceitação genuína de Cristo, conforme se pode ler em 2 Coríntios 5:17 que refere: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas!”
Porque o impacto de Cristo na vida do homem que o aceita vai permitir a regeneração da sua forma de pensar, de agir, de se relacionar com Deus e com os homens, assumindo a vontade de não voltar às práticas do antes.
Se o movimento hippie teve um objetivo e o mesmo se esboroou no tempo; em contraste quero lembrar o comandante de um navio que fazia tráfico de escravos o John Newton. Que após a sua conversão e arrependimento, escreveu a letra da música Amazing Grace, difundindo mensagem de redenção e perdão que só o Senhor pode conceder, que depois de devidamente musicada, ainda hoje se canta e houve em vários lugares deste nosso planeta.
Do ponto de vista das considerações humanas, é possível pensar-se o seguinte: ou esse homem se arrependeu verdadeiramente, ou esse homem foi um verdadeiro farsante. Ou, ainda, ele merecia isto, aquilo, aqueloutro…
Porém a bíblia refere em 1João 1: 16 o seguinte: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.” Porque Deus conhece absolutamente tudo o que vai no coração do homem, e age de acordo com o seu poder, vontade e misericórdia.
Veja-se um outro caso: – Quando Zaqueu subiu a uma árvore, porque era um homem de baixa estatura para ver passar Jesus; este o viu empoleirado na árvore e lhe disse: convém-me ficar em tua casa.
Zaqueu desceu a toda a pressa e recebeu Jesus em sua casa, e a determinado momento convictamente, disse-lhe: “Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais (Lc.19:8).
Sem dúvidas que Zaqueu na presença do Senhor Jesus, arrependeu-se do que vinha a fazer enquanto cobrador de impostos, porque cobrava em excesso, e assim enriquecera de modo fraudulento.
Mas na presença de Jesus “o Salvador” considerou o seu modo de vida e procurou mudar a sua forma de atuar. A que Jesus respondeu dizendo: “Hoje houve salvação nesta casa, pois também este é filho de Abraão.” (Lc. 19:9)
Sem dúvidas que Jesus ao dizer que hoje houve salvação, referia-se inequivocamente ao caso de Zaqueu lhe ter confessado e se mostrar arrependido dos seus pecados devolvendo a quem fora extorquido, e não por Zaqueu ser um benemérito, ou outra qualquer coisa.
Só em Jesus há regeneração.
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