Lucas, o médico amado, fez descrição do nascimento de Jesus afirmando que os pastores viram o anjo do Senhor que lhes anunciou do seguinte modo: “mas; eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor.” (Lc 2:10-11).
Estou em crer que os pastores acorreram a ver o menino, mas sem ainda suporem da real dimensão para a humanidade da chegada do Reino de Deus.
Porque Jesus Cristo, tal qual afirma Paulo na carta aos Filipenses 2:6-8 di-lo textualmente:” pois Ele, subsistindo em forma de Deus não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homem, e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz.”
Provavelmente aquele grupo de pastores não tinha em perspetiva a dimensão do acontecimento que acabara de ocorrer; ainda que conhecessem pelo velho testamento o anúncio da vinda do Messias. Mas no fundo, no fundo, acreditavam em alguém que os livraria da dominância opressora de Roma, e estariam longe de uma realidade espiritual tão profunda e marcante para a humanidade.
Contudo, na proclamação os anjos não se dirigiram aos poderosos, aos religiosos, aos políticos, aos acomodados para anunciar a chegada do Reino de Deus. Eles foram junto dos humildes, os pastores, que se disponibilizaram a correr para verificar e anunciar os factos que testemunharam sem exigências, sem temores, sem preconceitos, sem limitações, sem contestações, sem jactâncias; mas possuídos da alegria da chegada da boa nova.
E a nós, hoje?
Essas Boas Novas chegam-nos igualmente através dos evangelhos e com a difusão da bíblia como um todo; na verbalização na congregação, ou fora dela; de todos os de boa vontade que queiram transmitir por qualquer meio aos outros, a verdade em Cristo Jesus.
Jesus Cristo a determinado momento do seu ministério terreno, disse categoricamente: “Em verdade, em verdade vos digo: Quem houve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (João 5:24)
As boas novas são para toda a gente.
No entanto, sabemos que podem advir perseguições de várias índoles; pois os seus opositores estão prontos a cerrar fileiras impeditivas para que se não faça proclamação das Boas Novas.
A história do cristianismo autêntico, sempre assim foi e continuará a ser.
O cristianismo cor-de-rosa só nos livros de contos de fadas.
Deus subsistindo em forma de homem doou-se para morrer na cruz por amor da humanidade. Isto é: por mim, por ti, por aqueles que o levaram para o Gólgota, por todos.
Jesus Cristo contrapôs ao ódio, sectarismo, intolerância, malvadez que foi votado, com verdadeiro amor e com a misericórdia sobre toda a humanidade, tal como afirma o Salmo 103:17 “Mas a misericórdia do Senhor é de eternidade a eternidade, sobre todos o que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos.”
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