Num ano atípico, em que o confinamento alterou o modo de vida das pessoas, e que o perigo se apresenta silencioso e indiscreto em forma de um vírus altamente contagioso, de certa forma pronto a atacar os que integram grupos de risco e idosos, em suma: os mais fragilizados. E é neste contexto que irá decorrer a data natalícia. Não sendo do Natal comercial que pretendo salientar neste texto. Mas, sim, a data comemorativa do nascimento do Emanuel o Deus connosco.
Se a festa de Jesus costuma ter o seu ponto alto no culto comemorativo, este ano as igrejas têm que ter em atenção as deliberações dos serviços nacionais de saúde, com restrições para o número permitido de pessoas em função dos metros quadrados dos espaços de culto, o que só por si não permite o calor humano próprio da comunhão entre irmãos, o espírito de igreja dos da mesma fé e ordem.
Contudo, toda esta problemática não é impeditiva de cada crente celebrar intimamente o Natal de Jesus, por aquilo que ele trouxe por presente nas promessas anunciadas pelos profetas e na confirmação in loco dos pastores do nascimento do Rei dos reis.
E contra essa vontade de sublinhar a chegada de Cristo, nenhum vírus terá a capacidade de anular essa disposição. Porque o menino se fez homem, e deu cumprimento a todos os desígnios que estão na origem da libertação espiritual do homem, tal como o apóstolo Paulo descreveu em Romanos 8:2 “Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte”.
Muitos se interrogam se foi em Dezembro que Jesus nasceu? Provavelmente não! Pelo facto de os pastores andarem nos campos, o que é indicativo de que não seria no rigor do inverno. Mas…, o que está em causa não é a especificação do dia, mas tão somente lembrarmos de que Ele veio a este mundo em forma de homem, para se fazer cordeiro substituto no pagamento dos nossos pecados. É, isso que celebramos. Não celebramos nem o solstício de inverno, nem outra qualquer coisa, própria da mitologia persa, aproveitada e celebrada pelo império romano. Celebramos sim, a vida, e vida em abundância que nos foi dada com a vinda de Jesus.
Para os cristãos Jesus é sem dúvidas a luz do mundo, tal como refere João 8: 12 quando diz: “De novo lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. É este Jesus da vida que nos apraz celebrar; com alegria, com cânticos, com orações, intercessões, com leitura das escrituras, ou com todas outras formas que sejam agradáveis aos olhos de Deus. Porque Ele é a razão da nossa fé.
__ Um Santo e Feliz Natal para todos.
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