Tornou-se usual a difusão das marcas na sociedade de consumo, sendo que a marca não é mais, nem menos, que a representação simbólica da entidade lançadora do produto.
Assim, quando se vai comprar uma máquina de lavar roupa, um frigorifico, um carro, ou seja lá o que for, a primeira coisa que se dá a devida atenção é ao facto da existência da marca, que chega só por si a ser motivo de garantia, o selo, que de certa forma assevera a qualidade do produto junto do público consumidor.
Se, porventura, o produto não tiver marca, a perceção é que se está perante um produto de menor qualidade, em que o comprador assume o risco da compra que está a efetuar.
Ora, a cristandade tem na representação da cruz de Cristo uma das suas marcas. Ou seja o certificado de garantia da expiação dos pecados que o Senhor pagou pela humanidade, lembrando o modo como viveu, assumiu, e referenciou em si a obra fundamental, da qual os profetas do velho testamento anunciaram e sublinharam como obra salvífica; o Deus encarnado na pessoa de Jesus Cristo, em que em seu propósito de vida veio cumprir, dando-se a si mesmo em proveito da humanidade.
E desse facto testemunhou toda uma população que indignada, curiosa, maléfica, ou compadecida, o acompanharam até ao Gólgota onde foi maltratado, injuriado e crucificado. Mas pelos desígnios estabelecidos pelo Pai ressuscitou ao terceiro dia, quebrando as ataduras da morte espiritual caucionada no pecado, libertando assim todos aqueles que o aceitam como Senhor e Salvador.
Sendo certo que a palavra de Deus em Romanos 5:6 diz: “Porque Cristo, quando nós eramos ainda fracos, morreu a seu tempo pelos impios”. E em 2 Coríntios 5:15 refere: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmo, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. E, ainda, em João 5:39 “Examinais as escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
Ora, bem, as Escrituras testificam o Senhor; e é nelas onde vamos beber toda a informação conducente aos propósitos de Deus tendo em vista toda a criação. Incluso o homem como feitura Sua, designado para o honrar e glorificar através do cumprimento da sua Palavra; ainda que Deus na sua omnipotência soubesse que uns o aceitariam, e outros o rejeitariam.
Vem a propósito de que ainda há dias li um escrito de um ateu, que dizia: que Jesus não escreveu pelo seu punho nada que testificasse da sua existência real. Pois é curioso, porque é de boa nota acreditar que Sócrates (470-399 a.c) foi considerado o precursor das mais diversas orientações filosóficas e que as defendeu nas ruas e nas praças públicas a sua linha de raciocínio, com toda a gente que o confrontava. E na verdade não deixou os seus pensamentos escritos por seu próprio punho. Sendo certo que a sua forma de pensar chegou até nós através do seu discípulo e mais tarde filósofo reconhecido, de seu nome Platão; pois foi este quem registou em forma escrita tudo o que ouvira proferir Sócrates. E que se saiba, ninguém contesta a autoria de Sócrates.
Lembro, aqui, quando Jesus proferiu a parábola das bodas; a do rei que celebrava as bodas do seu filho e mandou seus servos convidar os seus súbditos. Estes reagiram da pior maneira possível, e encontraram as mais diversas razões para não comparecerem, e em determinado momento da parábola Jesus refere: “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” (Mateus 22:14)
Be First to Comment