ALTRUÍSMO

Ao longo de todo este processo da pandemia, emergiram várias situações altruístas.

Sem dúvidas que é reconfortante verificar que há pessoas que não descuram a necessidade da solidariedade para com os mais fracos, em meio a uma sociedade excessivamente individualista, onde consciente ou inconsciente se estimulou o, safe-se quem puder.

0ra, aqueles que deixaram vir ao de cima os seus valores humanistas e, ou, espirituais, são sem dúvidas uma lufada de ar fresco, em meio da desgraça.

Há dias assisti a um debate na televisão, em que um dos convidados do painel, defendia, e muito bem, que o ensino deveria incluir na matéria curricular uma disciplina sobre altruísmo. Na medida em que o covid veio servir de aviso para um tipo de sociedade pós pandemia mais inclusa; na medida em que quer queiramos, ou não, dependemos uns dos outros, em muito mais do que aquilo que supúnhamos, como por certo o surto pandémico veio provar.

Assim, falando de ensino, em Atos 20-35 a exortação do apóstolo Paulo vai precisamente nessa direção, na medida em que refere o seguinte: “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber”

Sem dúvidas que o versículo acima referido faz transparecer a aplicação prática dos valores espirituais, pois o Senhor Jesus em seu ministério terreno anunciava da parte do Pai para a humanidade, tendo em vista a reconciliação de Deus para o homem. Mas, ao mesmo tempo, não descurou os problemas prementes que eram visíveis entre as populações, da qual deu de si: cuidando de doentes, paralíticos, endemoniados, cegos, leprosos, excluídos, dos com fome, e de uma forma geral lembrou que aos olhos de Deus somos todos feitura sua.

Porém, o ato de dar deve estar em conformidade com Mateus 6: 2 que refere: “Quando, pois, deres esmola, não toques trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”.

Pelo que se subentende que todo o ato de solidariedade, deve ser o reflexo do verdadeiro amor para com os outros. Não um ato ensoberbecido, nem tampouco que amesquinhe o necessitado.

Sendo certo que Jesus Cristo desenhou um quadro fundamentado no altruísmo para a sociedade em geral, tendo em visto o reino dos céus, ao definir a lei da seguinte forma: “Amarás o Senhor teu Deus acima de todas as coisas, e amarás o teu próximo como a ti mesmo”.