Senhor eu vejo as nuvens em movimento, desfilam qual destino não foras tu a convocá-las para as desfiares em terra de secura, em campos onde o semeado carece do teu cuidado, das fontes que hão-de cuidar dos riachos, dos ribeiros, dos rios que correm para o oceano.
Senhor a tua vontade está presente na libelinha, que sobrevoa com toda a delicadeza o nenúfar que sobressai de entre as águas do lago, com o benefício de poder observar os peixes que tu criastes e que majestosamente nadam a favor, ou contra as correntes dos rios.
Senhor todas aquelas espécies de animais que se deliciam com o líquido que lhes afaga a sede, e que as liberta dos desertos onde tu semeastes grãos de areia, formates dunas, adornastes com miragens, fornecestes oásis, para os que de tão longínquas jornadas te lembrastes arranjar poiso, oferecer tâmaras e água para a caminhada prosseguirem.
Senhor aquentas os solitários caminhantes que entre aglomerados de edifícios vagueiam carentes que nem navios á deriva; tu te importas e suavemente os chamas pelos seus nomes, conhece-los melhor do que eles próprios, pois são massa das tuas mãos. Alegram-se com as parcas posses, e olham uma flor com os olhos não da avaliação, mas olhos da admiração.
Senhor quanto cuidado tens com as criancinhas, busca-las entre os seus risos, o seu gatinhar, o seu levantar, com a tua mão protetora as proteges, tal como o povo diz com toda a graça: “ao pequeno e ao borracho, Deus tem a mão por baixo”.
Senhor tu és com mães que deixam de dormir para cuidar dos seus bebés, que amamentam na felicidade de verem a sua extensão crescer e sussurrar mamã, papá.
Senhor tu és a fonte, tu és o destino, tua és o agora e também o futuro, tu conheces aquilo que nenhum ser humano conhece, tu és a força superior que estás em mim, no outro, nos outros, na vida e no amor. Tu és o único Deus.
Regi
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