O nosso calendário soma dia aos dias, numa voracidade que não nos é permitido parar, nem tampouco voltar atrás.
E é nesse contexto que aceitamos, organizamos, preservamos, mas também desorganizamos a nossa vida, seja a nível da família, do trabalho, das relações comunitárias, porque se há fatores da nossa responsabilidade, outros não o são diretamente, podendo sê-lo indiretamente.
Uma coisa é certa, quando se quebram laços pessoais, profissionais, sociais, o remendar conflitos não resolve os problemas, a mais das vezes, é preciso recomeçar com redobrado cuidado.
Veja-se o seguinte exemplo: Se houver uma quebra de confiança entre duas pessoas, a amizade que possa ter existido, foi interrompida, foi quebrada. Para que essa amizade seja retomada é preciso que as partes reconheçam os seus erros, ou, que a parte faltosa vá junto da outra parte reconhecer o seu erro. E só então, pode haver um recomeço da relação, da amizade, ou seja lá o que for.
A palavra de Deus diz-nos que Adão quebrou a sua relação com Deus, e nesse contexto todos nós como seus descendentes estávamos impedidos de nos relacionarmos diretamente com Deus, motivo pela qual Jesus Cristo tornou-se o nosso remidor, doando-se na cruz pelos nossos pecados. E com esse gesto Ele (Jesus Cristo) pagou resgate e, abriu-nos a possibilidade de relacionamento.
Porém, entendo que esse relacionamento tem as caraterísticas de um recomeço. Deus o ofendido está disponível para uma sã convivência. O homem, na qualidade do ofensor (pecador) a mais das vezes pretende continuar a ignorar esse relacionamento, por o achar desnecessário na sua vida. Ou, quando não, tenta colocar-se na condição de vítima; apontando com o dedo, isto é, acusando Deus disto, daquilo, e de aqueloutro… E só a palavra e a participação ativa do Espírito Santo, leva o homem ao reconhecimento do efeito da cruz.
Pelo que a Palavra de Deus em Romanos 8:1-3, diz o seguinte: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado”.
O facto é que a lei, de certa forma, remendava as relações do homem com Deus, e para houvesse uma verdadeira reconciliação, Deus não se esqueceu de anunciar atempadamente (acontecimento que foi esperado pelos homens, não da melhor forma) para recomeçar um processo singular de reconciliação. Que foi executado através da vinda e ida à cruz do seu Filho. E fê-lo por amor a mim, a ti, e por todos os homens.
Regi
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