Dei comigo a pensar que ao longo da vida conhecemos várias pessoas, mas só algumas dessas nos interessam como verdadeiros amigos.
Então, quem, e por que escolhemos esses poucos para amigos?
A mais das vezes atraídos pela simpatia que eles possam irradiar, pela confiança que nos merecem, pela sinceridade demonstrada, pela forma positiva com que nos influenciam, pela atenção que nos cumulam, pela valorização que nos atribuem, pela afetividade que emanam, ou pelas melhores razões com que nos corrigem.
Acho que todos esses itens são suficientemente válidos e apelativos para que façamos amigos, e nunca por razões contrárias às enumeradas, que nos façam repelir o individuo por mesquinho, arrogante, mentiroso, presunçoso, falso, desleal, obscuro, incorreto, etc., etc.
Todo este raciocínio tem o propósito avaliar como entendo a vida espiritual: Só posso entender, que a aproximação que se faça ao Senhor dos Senhores, tenha em conta entende-Lo como um bom amigo; que se importa comigo, contigo, e com outros, partindo do princípio que Ele nos ama e doou-se na cruz para nos abrir as portas do reino celestial.
Através da cruz, Ele expõe-nos a sua determinação, compreensão, e fidelidade, naquilo que o Pai expectava. E quanto ao respeita a nós os humanos: transmite-nos a recetibilidade, a esperança, a instrução, a proteção, o perdão, a reconciliação, a justificação, a missão, e a oferta da amizade de um grande, grande, amigo.
Para melhor exemplificar, contextualizo com a seguinte afirmação proferida em (João 15:15-17): “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer. Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros”.
Jesus a determinado momento deixa de observar o crente como servo, para pode-lo olhar e chamar de amigo; e logo de um amigo escolhido por Si, numa manifestação clara da relação que Ele pretende estabelecer connosco, na base do amor que enobrece o conteúdo da relação pura, limpa, vindoura, benfazeja, direi mesmo celestial, em que na nossa vigência humana manifesta-se quando o não crente em determinadas circunstâncias admite: “Pois é!… Bem me pareceu, que estava perante um crente”.
O Senhor Jesus entregou-se por inteiro na cruz, tendo em vista restabelecer a nossa relação com o Pai, do mesmo modo deseja que nós retribuamos em caminhada de santificação, que é a fórmula do nosso reconhecimento por aquilo que Ele por nós fez. E esse caminho da santificação é um caminho que produz frutos, sendo que o principal fruto é o amor a Deus e ao nosso próximo.
Pedro um dos três apóstolos da preferência de Jesus Cristo, na sua carta (1 Pedro 1:14-16) desafia-nos com a seguinte instrução: “Como filhos obedientes, não vos conformeis às concupiscências que antes tínheis na vossa ignorância; mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso procedimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo.”
É verdade que a vida é feita de desafios, e o apóstolo Pedro na sequência do seu entendimento sobre o amor e a amizade, apela para que façamos a vontade do Pai Celestial, que cuida interessadamente que aceitemos o Senhor Jesus. Logo portanto, a correspondente salvação, como o bem supremo de cada um dos seus filhos.
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