É comum ouvir-se o seguinte: “Eh pá! O fulano, o beltrano, o sicrano, tem cá um estilo de vida!?”
Sem dúvidas que essa avaliação é subjetiva, e a mais da vezes é feita tendo por base os sinais exteriores de riqueza, tais como ter um grande carro, ou como sois dizer-se, um carrão, pode ser um barco, um avião, um palácio, ou, o facto de se ser constantemente capa de revista.
Contudo, nem sempre os sinais exteriores de riqueza são a expressão matemática da felicidade do individuo. Quantos indivíduos não há cobertos de ouro, e que são uns infelizes? Porque a vida é muito mais do que isso, na qual entram outras formulações para que se possa ser feliz, independentemente do muito dinheiro, ou da falta dele.
É um facto que ter o suficiente para acorrer a todas as necessidades, só por si já é um fator de tranquilidade, que ajuda na superação das exigências quotidianas a que se está sujeito enquanto cidadão, quando confrontado por necessidades e princípios advindos da sociedade onde se está inserido.
Enquanto modos de vida, Jesus Cristo em determinada altura do seu ministério foi abordado por um jovem rico (Marco 10:17-22) que refere o seguinte: ”Ora, ao sair para se pôr a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? ninguém é bom, senão um que é Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás; não adulterarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; a ninguém defraudarás; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, lhe replicou: Mestre, tudo isso tenho guardado desde a minha juventude. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Uma coisa te falta; vai vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitos bens.”
Bem!… Esse homem era rico e de comportamento um tanto teatral, pois ajoelhou-se perante Jesus no intuito de perguntar, mas com expectativa numa resposta que lhe fosse favorável, pois pretendia manter intacto o seu “status quo”.
No entanto se a pergunta fosse feita por um individuo pobre, motivado pela mesma argúcia do homem rico, ainda que possuidor de uma única manta, mas que a tivesse como o seu tesouro Jesus responder-lhe-ia de igual modo. Porque o problema prende-se com aquilo que nos toma o coração em desfavor da obra salvífica de Jesus. Toda a mensagem da cruz tem por objetivo que aceitemos Jesus como o nosso Senhor e Salvador.
Ora, o tomar Jesus como nosso Senhor e Salvador, implica que o amemos acima de todas as coisas. Sem dúvidas que não é fácil, porquanto o crente não deixa de ser um pecador, mas um pecador em busca do alvo que é o Senhor Jesus, no manifesto por Ele, e naquilo que ele almeja façamos na sua peugada.
O grande problema do homem rico, atrás referido, é que Jesus conhecia o seu coração, e sabia que ele estava completamente tomado pelas suas riquezas, que era a sua causa prioritária pela qual ele se entregava de todo, sacrificava, vivia, e tinha por intuito preservar.
E comportamentos desses passam-se com pobres, ricos, doentes, sãos, novos, e velhos, que escolhem estilos de vida fora da esfera da graça do Senhor Jesus.
Estava a escrever e em simultâneo a ouvir uma música, cujo refrão transcrevo: “faça chuva, ou sol, continuo a amar-te!” Que bom seria se na generalidade conseguíssemos transportar para o Senhor, essa mesma intensidade de amar, mas logicamente na forma Ágape.
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