A palavra aconchego leva-me a pensar no conforto de um bebé quando instalado no colo de sua mãe, ou de seu pai, sem preocupações do imediato, sonhando a beleza da inocência.
Com o crescimento e a passagem de bebé a criança, e logo depois a adolescente, a casa paterna continua a ser referencial, o ponto que proporciona o equilíbrio e a proteção, para que o desenvolvimento do individuo se faça com toda a normalidade.
A verdade é que na fase adulta, mesmo que em casa dos pais a aguardar condições de emancipação económica/financeira, ou já na fase de construção do seu próprio lar, procura-se perpetuar a experiência inicial, a do bem-estar, do conforto, da proteção, do amor, da harmonia, cultivada a todos elementos do novo lar.
Sem esse amor, essa harmonia, todo esse conforto se desmorona irremediavelmente no lar, dando origem às brigas, ao desconforto, ao mal-estar, ao afastamento entre pessoas.
Ora, bem! Enquanto cristãos não podemos esquecer o aconchego que nos chega do Senhor, e, entre as muitas passagens que referem o aconchego, quero dar destaque a Mateus 11:28-30 que refere: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração: e achareis descanso para as vossas almas, Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”
O convite de Jesus nestes versículos é para que rejeitemos as ofertas do mundanismo, e para recebamos o descanso espiritual, que só Ele o Cristo é capaz de dar.
Por palavras minhas direi mesmo que, Jesus nos lança um convite para que aceitemos o seu aconchego, e nos deixemos conduzir <por sua instrução> tal qual um bebé de colo nos braços “de sua mãe”, no caso em apreço do Senhor. Pois o conforto é único, a harmonia reconfortante, e o amor sentido e envolvente a que Eles nos vota, fará que nos sintamos na tranquilidade da casa almejada a do Pai Celestial.
Daí a acalmia demonstrada por muitos crentes nas dificuldades do dia-a-dia, porque se sentem acompanhados em todos os momentos pelo Senhor Jesus.
Destaco ainda uma outra passagem, Mateus 19:13-14, que refere: “Trouxeram-lhe então algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus.”
Tal como se pode constatar destes versículos, Jesus desafia-nos a sermos simples tal qual as crianças, que têm na inocência a impulsão para que procurem o aconchego, pois Jesus não só lhes dava o colo como ainda ternamente os abençoou.
O desafio é grande, porque o facto de Jesus nos crer simples, contudo Ele não nos quer ociosos, nem imaturos, e nem desleixados nas precisões que nos cabem como indivíduos inseridos na sociedade, onde devemos ser luz, tal qual Mateus refere em 5:14-15 “Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos que se encontram na casa.”
Pois o cristão deve ser influente e responsável nos princípios que nos identificam como filhos amados do Senhor.
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