Ainda no ventre da mãe, ou logo após o nascimento, os pais escolhem o nome e o sobrenome para o pequeno ente, fruto do seu amor, que foi desejado, planeado, ou ainda, que tenha sido fruto do acaso; o certo é que esse novo ser é autenticado perante a sociedade dando-se-lhe um nome.
É verdade que há sociedades mais ou menos estruturadas, que obrigam ou não ao registo notarial, valendo um tal ato como um selo pela qual aquele cidadão se identifica perante as demais pessoas. Sendo que, em meio de uma multidão se alguém chamar outrem pelo nome, o visado responde de imediato: virando-se, parando, buscando ansiosamente quem o chamou.
Por respeitabilidade da estrutura, é normal querer-se “esse selo” incólume; preservado da difamação, da usurpação, da danificação da imagem, segundo a qual a sociedade referencia.
Do mesmo modo, espiritualmente adquire-se uma identidade no encontro com o Senhor dos Senhores, com consequências dum novo modo de vida, uma marca que se torna indelével.
Ora, bem, aquele que aceita conscientemente Jesus Cristo como Senhor e Salvador, passa a justificado pelo sangue do Cordeiro sem mácula, e é-lhe outorgado o direito de se reconhecer como filho de Deus. Seguindo-se o batismo consciente, num feliz processo que é simbolizado no submergir e no emergir, como um verdadeiro testemunho que se pretende junto das demais pessoas, por causa desse novo estado espiritual.
Atente-se para uma passagem bíblica do valor do aceitar, e do sujeitar-se ao batismo, onde o anjo do Senhor mandou a Filipe que se juntasse a um etíope que estava de regresso ao seu Pais, e ia a ler o livro de Isaías sem o compreender.
Ora, a passagem da Escritura que o etíope estava a ler, encontra-se em Atos 8:32-38 e refere o seguinte: “Foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim ele não abre a sua boca. Na sua humilhação foi tirado o seu julgamento; quem contará a sua geração? porque a sua vida é tirada da terra. Respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe tomou a palavra e, começando por esta escritura, anunciou-lhe a Jesus. E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? [E disse Filipe: é-te lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.] Mandou parar o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e Filipe o batizou.”
Como se pode concluir desses versículos, o estrangeiro que era etíope adquiriu voluntariamente um novo princípio de vida, uma nova identidade espiritual, ele pretendeu e foi selado com o selo da Salvação. Ele saíra do seu País e confrontado com a palavra de Deus foi transformado por esta, e pela fé no Senhor, adquiriu nova identidade pela qual foi inscrito no livro da vida nas hostes celestiais.
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