Há uma velha expressão popular que refere: “A mentira tem perna curta”, assim como existe um outro provérbio que diz: “Que uma mentira dita várias vezes, as pessoas começam a acreditar que é verdade”.
Vivemos em meio a uma sociedade em que as pessoas mentem cada vez mais. Seja na vida familiar, nos negócios, na política, na justiça, no desporto, nos meios da comunicação social, em suma: a mentira está vulgarizada, direi mesmo que por deficiência de princípios quase que formalmente institucionalizada.
Sendo que, a mentira ainda que trasvestida de muitas e variadas cores, continua a ser mentira. Isso obriga-nos a redobrada atenção para aquilo que ouvimos, ou lemos, para não sermos correia de transmissão daquilo a que lhe chamam fake news.
Há uns anos atrás, a palavra dada valia como um selo, uma escritura notarial, que tinha a honra por suficiente suporte. Hoje em dia, substituiu-se esse valor da idoneidade, pela vulgaridade e pela falta total de responsabilidade.
Ora, bem, enquanto crentes a palavra de Deus em Levítico 19:11 diz-nos o seguinte: “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”.
Há três palavras-chaves neste versículo, que são: furtar, mentir, falsear, palavras que parecem interligadas no mesmo objetivo, que é o de subverter a verdade, numa provocação e desrespeito total aos regulamentos instituídos por Deus, bem como, a repercussão subsequente na vida do nosso próximo.
O apóstolo João transcreve as palavras de Jesus, quanto aos rebeldes e a sua postura na afinidade com a mentira, da seguinte forma: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do diabo, que é o vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:43-44).
Sem dúvidas que a palavra de Deus é intemporal, avisa-nos ativamente dos males da mentira, tendo em conta que as suas origens estão firmadas no diabo o pai da mentira, que atua por disfarce e com segundas intenções, pervertendo a verdade e, afastando o transgressor do caminho conducente ao reino da luz.
Para que nada disto aconteça, o crente não deve difundir notícias falsas, nem tampouco ser ele a origem da mentira. Porque não há pequenas mentiras, nem mentiras piedosas, como alguns querem fazer acreditar. Porque a mentira, é sempre mentira. Seja ela grande, ou pequena, com embrulho em papel de cor e enfeites, ou não, é um pecado em primeiro lugar contra a lei de Deus, e de seguida, prejudica o nosso próximo.
A mentira está de tal forma impregnada na sociedade, que já se aventa a necessidade de especialista começarem a formar as pessoas, para que estas possam detetar mentiras em meios da imagem, e das notícias nos diversos órgãos sociais.n
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