AFETOS

Estava aqui a pensar na necessidade que o ser humano tem dos afetos. Deus quando criou o homem, fê-lo como um ser de tendência gregária; tendo por base a família, com sentido multiplicador despertado pelos afetos entre pessoas de sexos diferentes, com correspondência efetiva na natalidade.

Assim, entendo os afetos como reações psicossociais onde perdura o amor, o altruísmo, as vontades, e os sentimentos. Ainda que os sentimentos como plurais que são, também se podem traduzir em ódio e negativismo, o lado adverso nas relações entre pessoas.

Ora, como estou a falar de afetos quero dar enfoque a uma passagem bíblica___ a inspiração de Deus para os homens ____ em Eclesiastes 3: 1;4-5, diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, há tempo para todo propósito debaixo do céu/… Tempo de chorar, e tempo de rir, tempo de prantear, tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar,”

Nestes versículos fica explícito que o Senhor, entende a sociedade com as suas próprias dinâmicas a que os afetos não ficam indiferentes. Há tempo para as várias razões da vida. Seja na alegria, no luto, e no trabalho.

Contudo, quando o versículo fala em abraçar, está a falar de um sentimento de ligação entre pessoas. E a pergunta que fica, é esta: Qual foi a última vez que abraçastes o teu filho, a tua mulher, os teus pais, ou, alguém da comunidade em sinal de amizade?

A verdade é que vivemos em sociedade, e a mais das vezes, abstraídos de tudo os que nos rodeia. Não se cumprimenta o vizinho, porque não nos foi apresentado; nas áreas comuns do prédio, as pessoas olham-se desconfiadas; no templo, entramos e saímos sem nos interessamos pela pessoa que está sentada a nosso lado. Não será isso o recalcar das nossas emoções?

Mais, o culto no templo, tem precisamente a característica de gregarismo para elevação em louvor e honra do nosso Deus. Portanto, o comportamento individual não faz sentido, na medida em que uma brasa precisa de outras para se manter acesa. Daí alguns ministros do culto estabelecerem um tempinho para que as pessoas se possam cumprimentar, e retomarem o culto de uma forma mais fraterna.

Quantas das vezes uma palavra amiga, ou um abraço, não convertem a tristeza do nosso semelhante, em bem-estar. É como que se fosse o sol a despontar no horizonte e que traz consigo um grande bom dia!…