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TRAJETO DE VIDA

Dizem os entendidos que o bebé ao nascer sente dor.

Ora após o nascimento, a prática da palmadinha nas costas a provocar a necessidade do primeiro choro, o choro que faz com que os pais, os familiares, os amigos, os conhecidos, inclusive a equipe médica que assiste ao parto libertem os semblantes da expectação do antes do parto, para a alegria contagiante despertada pelo sucesso do parto daquele pequeno ser que um dia será adulto.

É menino! É menina! já sabia! não sabia! que lindo! que linda! sai ao pai! sai à mãe! Posso pegar? É muito frágil. Todos sorriem, até mesmo aquele que está ali ocasionalmente à espera de um seu familiar queixoso que se contorce com um outro problema, e na qual lhe foi posto uma pulseira de espera, face ao acontecido solta um sorrisinho.

E desde então se entra numa espécie de labirinto, que é o trajeto vida para que cada um o percorra a seu modo. Há quem o queira fazer o percurso sem ter em atenção os vários engodos; há quem seja curioso e se perca nos trajetos falsos; há quem cuidadosamente procure o trajeto certo; há que esbarre com um trajeto sem saída e se afunde; há quem grite e só consiga ouvir o eco da sua voz; há quem ao cruzar com outras pessoas são capazes de lhes dizerem para não irem por aí, porque não tem saída; há pessoas que são capazes de instigarem os outros ao engodo; enfim… labirinto é labirinto, e para se vencer é preciso muito cuidado.

Na verdade, a vida não é um mar de rosas. Todos, mas mesmo todos, tem as suas dificuldades, ainda que as mesmas possam ser mais ou menos visíveis aos olhos dos outros. É fácil falar-se do menino nascido em berço de ouro. Mas, até esse, terá os seus problemas. Podem não ser iguais ao deste, ao daquele, ao daqueloutro, mas que os terá, terá! E quem não tiver a coragem de enfrentar as suas dificuldades, implicitamente está a negar-se a viver.

Se há problemas de que os humanos não são diretamente responsáveis; também os há e muitos pela soberba e inflexibilidade do homem que estão na origem das guerras, da exploração do homem pelo homem; da escravatura; da usurpação daquilo que é do outro; da infâmia; da corrupção; da instigação ao ódio; da imoralidade; etc. etc.

O homem configura e é responsável pelo seu trajeto de vida, na medida em que se alicerça muito naquilo que deseja para si. Sem novidade, a maior ambição é ser-se feliz. Nada de mal nisso, mas…. Se há como que uma tabela das coisas lícitas, também as há das coisas ilícitas. Logo, o conflito de interesses. O conflito da carne tal como proferia o apóstolo Paulo em Romanos (7:18-23) – “Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei guerreando contra a lei do meu entendimento, e me levando cativo à lei do pecado, que está nos meus membros.”

Assim, a fonte do desejo incontido tem por detrás a transgressão; para a qual o apóstolo chama a atenção de que a carne é fraca, e é preciso um homem interior forte, para que se não deixe vencer pela vontade da carne.

Graça e Paz!

Published inTextos Cristãos

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