Se precisares de falar com alguém que viva numa aldeia, desde que saibas o nome da aldeia onde vive, vais até lá, e ao dirigistes a um qualquer habitante ele simpaticamente informará onde aquele mora. E se preciso for te dirá se é alto, baixo, magro, pessoa afável, ou não.
Porém, se precisares de encontrar alguém que more numa grande cidade, tens que dispor antecipadamente da direção de sua casa ou do trabalho, pois até os seus vizinhos podem desconhecer quem ele é. Inclusive pode acontecer pela indiferença entre vizinho, dizerem-te que é um macambuzio com quem cruzam diariamente nas escadas do prédio. Mas, mesmo que o procures no emprego, alguns dos colegas não sabem, nem querem saber quem ele é.
Assim, se perguntares quem é Jesus Cristo algures numa aldeia: provavelmente com mais dificuldades ou menos, te dirão que é o Filho de Deus que foi sujeito a crucificação. Contudo, se perguntares numa cidade quem é Jesus Cristo: muitos te dirão que foi um sábio, um filósofo, um político, um profeta, ou que não sabem, nem tampouco lhes interessa saber. Ou, então, dir-te-ão que são ateus, e como não o reconhecem, não querem saber nada Dele. Só uma minoria saberá quem Ele é, mas que a vida não lhes permite procurarem-no com a assiduidade desejável. Pouquinhos o terão como seu Mestre e Senhor.
E tu, sabes convictamente quem Ele é?
Lembro-te uma porção do Salmo 2 (1:6) “Por que os gentios se amotinam e os povos intrigam em vão? Os reis da terra preparam seus ardis e, unidos, os governantes conspiram contra o Senhor e contra o seu Cristo, proclamando: Façamos em pedaços os seus laços, sacudamos para longe de nós os seus vínculos! Do seu trono celeste, o Senhor põe-se a rir e ridiculariza-los. E no seu devido tempo os reprenderá com ira, e em seu furor os confundirá de pavor, declarando: Fui Eu que consagrei o meu Rei sobre Sião, meu monte sagrado!”
O Senhor Deus na sua vertente trina é Pai, Filho e Espírito Santo, e desde sempre soube que o homem através do pecado o iria desmerecer, trair, confrontar, injuriar, ridicularizar e perseguir. Tudo, isso, foram objeções que procuraram contrariar a efetivação de Jesus Cristo no processo salvífico, morrendo na cruz e ressuscitando para que o homem se volte para Deus, e para que tenha paz com Deus. E tudo isso, foi possível porque o Deus feito homem nos ama, e quer que alcancemos o Seu Reino.
O Salmo acima transcrito em – todo o tempo – expressa a vontade de reis, governantes e povos que procuram a nulidade da cruz. Mas a verdade, é que Jesus já é vencedor e nada o vai impedir de ter consigo os seus, e julgar com condenação aqueles que o rejeitam. Ainda que o pecado procure instigar o homem através de filosofias que o levem a considerar-se autossuficiente e que não precisa de ninguém; a verdade é que o Senhor é o consumador da vida e de todas as coisas, e é nesse contexto que Ele agirá em juízo.
A palavra de Deus em Colossenses (1:13-17) é concisa no que se refere ao conhecimento de Jesus Cristo, quando refere: “Ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, em quem temos a plena redenção por meio do seu sangue, isto é, o perdão de todos os pecados. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogénito sobre toda a criação; porquanto nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou dominações, sejam governos ou poderes, tudo foi criado por Ele e para Ele. Ele existe antes de tudo o que há, e nele todas as coisas subsistem.”
Pelo que se conclui que o homem de forma alguma é autossuficiente, o homem dependente da graça de Deus.
Graça e Paz!
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