Só sei que Deus é pai e não é padrasto. E que por Ele tudo foi feito e por Ele tudo subsiste.
Enquanto pai, Ele está atento ao que fazemos e nos ouve; em especial quando o exaltamos, choramos, cantamos, louvamos e até nos sonda na profundidade das nossas reflexões e dos nossos silêncios. Também é um facto que Ele nos conhece desde o ventre de nossas mães. E como tal, Ele sabe quando estamos em sofrimento, ou estamos felizes ou infelizes, quando contrariamos os seus desígnios, quando menosprezamos a sua palavra, quando estamos suscetíveis às influências mundanas, ou quando não cumprimos com os nossos deveres de solidariedade para com as demais pessoas.
O mal não provém de Deus! Mas o mal tem a sua origem no pecado que o primeiro homem cometeu ao desobedecer às ordens de Deus. Por esse primeiro pecado abriu-se a caixa de pandora, para a conflitualidade com Deus; mas, também, para com os homens e para com a criação em geral.
Através da componente pecaminosa, o homem tornou-se arrogante e belicoso. Daí as guerras atuais na Ucrânia, Israel, Iémen, Síria, Líbia, Taiti, Negorno-Karabakh, Sudão, Mali, e quantas mais as que não enumerei. E todas elas carregam em si a morte, a destruição de valores culturais, espirituais e civilizacionais. São verdadeiros atentados há razões pelas quais Deus criou o homem original, e o colocou prazerosamente no jardim do Éden, no intuito de falar com Ele ao virar da tarde, e ao jardim para o lavrar e guardar. Também, Deus criou os demais seres viventes e ordenou ao homem que lhes desse nome. De certa forma, Deus permitiu que o homem se relacionasse saudavelmente com toda a Sua criação, valores esses que foram quebrados por força do pecado de Adão, por ambição desmedida e falta de compromisso para com o Seu Criador.
Pelo atrás exposto, entendo que esse é o motivo pela qual o homem elege a guerra como forma de resolver as discordâncias humanas entre partes. É verdade que se ouve falar na guerra como último recurso. Porém, esta solução não sendo admissível, mais parece ser o primeiro recurso. Talvez pelas vontades e negociatas que as guerras proporcionam a uns tantos.
Num apelo ao bom senso e concórdia entre homens, Jesus Cristo refere em Lucas 6:27-29 o seguinte: “Mas a vós que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica.”
O Mestre não diz que quem agride, tem ou não tem razão! A pretensão de Jesus Cristo vai no sentido que os homens eliminem a conflitualidade latente em cada um, e se revejam no princípio amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos.
Se os homens assim procedessem, a conflitualidade deixaria de ter espaço e desapareceria.
Graça e Paz!
Be First to Comment