Dei comigo a olhar para umas tantas videiras donde ressaltam vários cachos de uvas em formação, e pensei: até que aquelas uvas estejam em ponto de serem colhidas, é necessário que sejam desinfetadas para que não apanhem moléstia; derramadas para que as folhas em excesso não impeçam os cachos de receber os raios solares e para que os bagos adocem; que o solo debite humidade e respetivos nutrientes; e que o clima seja propiciador ao desenvolvimento. Enfim… um inúmero de factos concordantes para o bom desenvolvimento dos referidos cachos de uvas, sem que tudo isso fosse unicamente dependente da videira, uma vez que também depende de outros fatores.
Porém, Jesus Cristo em uma de suas alegorias, disse: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda. Vocês já estão limpos, pela palavra que tenho falado. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira. Vocês também não podem dar fruto se não permanecerem em mim. Eu sou a videira; vocês são os ramos. Se alguém permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto; pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma. Se alguém não permanecer em mim, será como o ramo que é jogado fora e seca. Tais ramos são apanhados, lançados ao fogo e queimados. (João 15:1-6)”.
Nesta alegoria Jesus Cristo deixa bem claro que o homem não se salva a si mesmo, precisando da graça do Senhor que se doou na cruz para remissão dos pecados de todos aqueles que o aceitem como Senhor.
É verdade que neste mundo apegamo-nos a coisas passageiras, tais como: carro, casa, dinheiro, poder, beleza, estatuto social, saúde; coisas essas algumas das quais indispensáveis para que se viva condignamente. Mas… que condição deixamos para o relacionamento espiritual com Deus? Será que as coisas deste mundo toldam a pensar-se a vertente espiritual como bem menor? Se assim é, não deveria ser. Pois Deus quere-nos a darmos frutos, tais como relata Gálatas 5:22-23, “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.”
Veja-se a profundidade da seguinte frase: “Vocês não podem dar fruto se não permanecerem em mim” – Sem dúvidas que Jesus faz depender os frutos bons, os reconhecíveis para Deus, da Sua presença na vida ativa de cada um que o reconheça e viva em novidade de vida. Isto é: viva em harmonia com a sua Palavra.
Não basta parecer, é preciso que se seja o tal ramo que se deixa podar, para que o modo de vida seja o reflexo da Sua presença.
Todos os ramos que se queiram despegar da videira, são aos olhos de Deus, sem préstimo algum. Direi, pois, são reflexos do mundanismo, na qual se reproduzem as tais expectativas passageiras, mas da qual se alimentam vezes sem conta através da inveja, rancor, soberba, violência, ganância, artimanha, e tantas coisas mais, que são contrárias a toda a ordem de dependências da vontade Divina.
Graça e Paz!
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