Hoje, pretendo dar enfoque a uma passagem referida no Salmo 5, versículo 7: “Pela riqueza da tua misericórdia, entrarei na tua casa; e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor”
Este versículo levou-me a pensar o seguinte: Que há quem compareça na casa do Senhor, carregando a severidade de uma espiritualidade castradora, onde o peso da encucação fá-lo temer Deus, que o tem como um ser terrífico. Que provavelmente o impede de um relacionamento de coração aberto e transparente; que permitirá a confissão dos pecados, mas também a alegria de se saber perdoado e amado como um filho.
Outros, por excesso, acham que na casa do Pai por tão grande vontade, podem quebrar, ou suprimir, silêncios <note-se que Deus também fala no silêncio> sem olharem os momentos de introspeção dos outros, como se tratasse de um espaço à sua exclusiva medida. Provocando intercalações da, e não, concentração espiritual em si, e nos outros fiéis.
Ainda os que na casa de oração, transformam-na em palco para as suas próprias exibições, para que outros, não Deus, os tenham como expoentes máximos de uma pertença espiritualidade.
Em meu entendimento, a casa de oração não é uma cadeia, nem tampouco um teatro. Por isso, deve merecer o respeito por lugar estabelecido de reunião ao Senhor. Sendo que, os crentes em meio aos louvores estudo e adoração a Deus, manifestam, e muito bem, a alegria exteriorizada que advém da presença do Espírito Santo em seus corações: com glórias, aleluias, améns, palmas e outras formas contextualizadas no novo testamento; dentro da ordem, porque Deus é um Deus de ordem. Ainda que, em outros momentos de confirmação, sirva para a comunhão entre irmãos.
Por isso, o salmista ao falar em prostração e temor, está logicamente a falar de que a reverência tem por reconhecido a bênção de ter Deus por pai, que se preocupa com os seus filhos, tal como refere o versículo 12, do salmo 5, que diz: “Pois tu, Senhor, abençoas o justo, e, como escudo, o cercas da tua benevolência”.
É verdade que a casa de oração é um espaço entre paredes e continuará a sê-lo. Sendo que de portas abertas são um convite, no sentido da espiritualidade. E a igreja, esta composta pelos crentes na forma descrita pelo apóstolo Paulo, reúne o foco da atenção do Senhor, para que fale aos homens através das escrituras e, receba louvores, orações, agradecimentos e petições, para que as brasas jamais se apaguem. E em consequência desse fogo vivo, verberado em palavras e atos, os incrédulos possam ficar confundidos e perguntar qual a origem da alegria e a força manifesta no crente, abrindo assim caminho para o campo missionário.
Se no velho testamento, Deus encontrava-se no tabernáculo no Santo dos Santos. No novo testamento, e pela obra redentora de Cristo, o templo do Espírito Santo é o coração de cada crente. É aí que Ele habita! Daí a força da igreja reunida, para cultuar ao Senhor com ações de graças.
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