Quem já não observou o facto de alguém estar a oferecer o que pensa ser uma iguaria a outrem, e esse responder: não gosto!
Mas, como é que sabes se gostas, ou não, se nunca provastes? E a resposta continua a ser não.
Essa resposta pode ser em função do aspeto exterior, rejeição cultural, indução pelo cheiro, ou outra qualquer razão. Mas o facto é que acontece.
Também, com as pessoas acontece algo semelhante. Ainda antes de se conhecer outro individuo, já se está a dizer que não gosto dele (a) sem razão aparente para que o faça.
Mas não gostas, porquê? Não sei! Nem tampouco quero saber. Não gosto, e ponto final!
A verdade é que todas essas coisas são apenas humanas; ditadas muitas vezes apenas pelos sentidos, ou pela teimosia; e nada possuem de essencial para o modo de vida em comunidade. A maior parte das vezes, ninguém quer saber de ninguém. E é tão simples, quanto isso.
O apostolo Paulo na sua carta aos Romanos 14:13-17 escreve o seguinte: “Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes o seja o vosso propósito não por tropeço ou escândalo ao vosso irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nada é de si mesmo imundo a não ser para aquele que assim o considera; para esse é imundo. Pois, se pela tua comida se entristece teu irmão, já não andas segundo o amor. Não faças perecer por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja pois censurado o vosso bem; porque o Reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo.”
Ora, bem!… Quando o apóstolo Paulo chama a atenção para aquilo que cada um come, ou deixa de comer, não deve ser motivo de se espiolhar para censurar; ele está a ponderar a liberdade de escolha dos alimentos, na qual Pedro viu refletido num lençol toda a sorte de animais, e Deus disse: “Pedro, levanta-te, mata e come”.
Contudo, entende-se nos versículos acima referidos, que o apóstolo Paulo é cauteloso ao falar das relações humanas. Porque elas devem ser essencialmente pautadas pelo amor uns aos outros. Porque naquele que há amor: subsiste a justiça, a paz, e alegra sobremaneira ao Espírito Santo.
Sem dúvidas que o enfoque no amor, faz alegrar o Espírito Santo, que pauta para que cada um de nós, possa engrossar o chamado Reino de Deus. Ou, seja: que possamos prosseguir tendo como alvo em nossas vidas Jesus Cristo, o Salvador, o Senhor.
E, assim, sendo, o título deste escrito “não gosto!” deverá ser substituído por “Eu gosto!” Gosto das pessoas; da Palavra de Deus; da minha família; da minha igreja; de me sentir útil; de viver; de ser afável; de ser construtivo; de amar e de ser amado por Deus.
Graça e Paz!
Be First to Comment