Tenho presente que quando era criança a primeira vez que fui à escola, os meus pais acompanharam-me até lá em sinal de estímulo, para que eu pudesse começar a ser instruído nas letras. Vestia uma bata branca e levava uma sacola de pano, feito pelas mãos da minha mãe, onde transportava um caderno de papel, lápis de carvão e uma borracha.
Foi nesse caderninho que comecei periclitantemente a desenhar as primeiras letras e tive que apagar algumas delas por estarem malformadas, para voltar a inserir sob o cuidado da professora, que atenta corrigia e me instruia a juntá-las para formar corretamente as primeiras palavras.
Esse foi o meu processo de aprendizagem, sem a qual provavelmente a minha vida na sua vertente profissional ter-me-ia sido por madrasta. Ainda que, ao longo da vida o processo de aprendizagem se torne constante, pelo surgimento de novas exigências numa sociedade tida por dinâmica e exigente.
Por comparação às exigências de percurso, na vida espiritual a palavra de Deus em 1Tessalonicences 5:19-22 refere o seguinte: “Não extingais o Espírito, não desprezeis as profecias, mas ponde tudo à prova, retendo o que é bom; abstende-vos de toda a espécie de mal”.
Vem a propósito que a santificação é um processo continuo na caminhada do cristão. E esse processo tem início quando o Espírito Santo nos persuade da necessidade de se passar da velha natureza, para uma nova; em que a pessoa de Jesus Cristo na sua missão salvífica é o protagonista principal, a centralidade em toda a caminhada cristã.
De modo algum significa que por um estalar de dedos, que o justificado por ação do Senhor, deixe de ser um pecador. Acontece, isso, sim, que o pecado passa sobremaneira a incomodar, pela influência consciente de que o “Espírito Santo avisa do pecado, da justiça e do juízo”, tal como refere João 16:8.
Deus não nos chama para andarmos à deriva, nem tampouco para que se volte para a velha natureza. Ele chama-nos para a santificação, regozijados por causa da graça imerecida que recebemos do nosso Salvador, que nos abre as portas do Reino dos Céus aos justificados que irão formar o grande coral celestial.
A palavra de Deus é bem clara em Efésios 2:8-10 ao referir: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas”.
Ora, pelo dom gratuito de Deus somos chamados a crer em Jesus Cristo, o Salvador, para a vida eterna, e convidados e amparados pelo Espírito Santo a trilharmos o caminho da santificação. Pois essa é a vontade do Senhor, de acordo com as instruções conferíveis na Sua Palavra, que é a bíblia.
É a própria Palavra que nos diz: que as boas obras não são para salvação, pois elas são consequência de Jesus Cristo na vida do crente, no prosseguimento do processo de santificação da qual não se pode desassociar o descrito em Gálatas 5:22-23, a saber: “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade; a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei”.
Estas são as experiências que irão fazer parte da chamada nova natureza no homem, por causa da relação preferencial devotada a Jesus Cristo, resultando na grande caminhada dos selados rumo aos desígnios do Senhor.
Graça e Paz!
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