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A TRAVESSIA

A palavra de Deus entre os muitos assuntos que conta, relata-nos a travessia do povo Hebreu do Mar Vermelho e do Rio Jordão, sem danos e a pé enxuto; não por obras de engenharia, mas pela graça de Deus, que atuou de forma milagrosa para que o seu povo transpusesse os correspondentes obstáculos.

De igual modo, Deus esteve ao lado do seu povo na travessia do deserto, manifestando-se por coluna de fogo e por uma nuvem, consoante pretendia que o povo se pusesse a caminho, ou parasse, e se reunisse em acampamentos por tempo determinado.

Ainda, assim, mesmo perante a graça proveniente de Deus o povo reivindicava a bel-prazer, e então lamentou-se, desconfiou, pretendeu substituir a graça de Deus pela inercia do ídolo na forma do bezerro, razão pela qual ofenderam Deus e consequentemente tiveram que peregrinar pelo deserto cerca de quarenta anos, até que o Senhor se compadeceu e permitiu entrassem na terra prometida.

Vem a propósito que enquanto humanos, estamos todos colocados perante as nossas travessias. E os nossos desertos, ou mar de águas revoltas como lhe queiramos chamar, são as dificuldades do dia-a-dia, seja por acidentalmente se estar desempregado, doente, ou por relações pessoais desgastadas, quebra de direitos civis e políticos, desavenças entre Nações, efeitos climatéricos, ocorrências pandémicas, ainda um sem número de casos, que se colocam como pedregulhos nas nossas travessias.

E na maior parte das vezes, reagimos tal qual o povo Hebreu, questionamos Deus com o nosso porquê de isto, de aquilo, de aqueloutro?

É verdade que existem casos que sem ajuda de outros, não conseguimos escalar a montanha com que deparamos. Mas acima de tudo, precisamos que Deus nos estenda a sua mão, para então não só escalarmos a montanha e estar-se pronto para os desafios da altitude; por novos e a exigirem animo e retempero das forças.

A palavra de Deus em Isaías 40:27-31 refere o seguinte: “Por que dizes, ó Jacó, e falas, ó Israel: o meu caminho está escondido ao Senhor, e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus? Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, não se cansa nem se fadiga? E inescrutável o seu entendimento. Ele dá força ao cansado, e aumenta as forças ao que não tem nenhum vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e os mancebos cairão, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão, andarão, e não se fatigarão”.

Infelizes dos que pretendem ultrapassar os seus obstáculos, escurados unicamente em suas forças. Pois de acordo com a travessia, estão a exemplo de Israel enveredando por atalhos que não conduzem a lugar nenhum. E em consequência irão inevitavelmente procurar bodes expiatórios, na medida em que a solidão mete medo, desfavorece o caminhante, leva ao desespero, é como um travão que se aciona automaticamente a meio da travessia.

Na sua epístola aos Filipenses (4:13) o apóstolo Paulo diz o seguinte: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.”

Perante as dificuldades em sua travessia, o apóstolo Paulo tem os olhos postos no Senhor. Pois em Deus e por sua vontade, as suas necessidades foram superadas por intermédio dos crentes de outras igrejas, que reconheciam na difusão da palavra a vontade do Senhor, e como tal supriram as necessidades básicas do apóstolo, para que continuasse ativamente a caminhada.

Sem dúvidas que o Senhor pode atuar nas vidas dos homens por modo direto, ou indireto. Sendo que muitas das vezes, Ele fá-lo sem que nós o percebermos e reconhecermos, porque Deus é justo e misericordioso.

Termino com Miqueias 7: 18 que refere o seguinte: “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.”

Graça e Paz!

Published inTextos Cristãos

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