Estava aqui a pensar na Torre de Pisa, cuja data de início da sua construção principiou no ano de 1173, com sucessivas interrupções extensíveis por períodos que se prolongaram por longos e difíceis 177 anos. E ao fim de cinco anos do início da sua construção, começou a inclinar-se lenta e progressivamente até atingir consideráveis 3,94 graus.
Tudo indica que a origem da sua inclinação está em terreno areento e argiloso, onde a mesma foi edificada, pese as muitas boas-vontades na sua edificação e na sua correção, o que me fez lembrar um velho provérbio: “O que nasce torto, tarde ou nunca se endireita!”
Porém ao nível da personalidade humana, há uma expressão que se utiliza para se definir um personagem volúvel, ao qual pode ser chamado de cata-ventos. Ou seja, um personagem que anda ao sabor das ondas, das modas lisonjeiras do momento, que mudam constantemente de objetivos por falta de convicções.
Ora no sentido da espiritualidade, a bíblia convida-nos a sermos firmes tal qual o apóstolo Paulo na sua carta dirigida aos Gálatas (5:1) diz: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo da escravidão.” Sendo que a escravidão a que Paulo se refere não é mais, nem menos que na falta de convicções de alguns dos convertidos da região da Galácia, que cuidavam miscigenar obrigações da lei com a nova aliança, desconsiderando dessa forma a salvação em Jesus Cristo. Era como se aos poucos aqueles convertidos quisessem voltar às amarras do judaísmo, ao desapossarem-se da graça concedida por Jesus, por fieldade aos preceitos tradicionais judaicos que não esqueciam.
Se alguns da Galácia assim procediam, não é menos verdade que ainda hoje há os que por desconhecerem a verdadeira liberdade em Cristo Jesus, procuram nas tradições culturais, nas imagens, nos signos, nas cartas, nos responsos, nas fezadas, encontrarem respostas às suas preocupações.
Contudo, só há verdade na afirmação proclamante descrita em João 4:16 quando Jesus diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Esta é a realidade cristã: perceber e aceitar com toda a clarividência que Jesus Cristo é a verdade. Que é Dele que emana a luz orientadora que nos leva aos conceitos da vida eterna. E, que, a sua graça é transformadora produzindo a transformação na mentalidade do velho homem para um novo homem; esse já na dependência total da sua palavra; ou seja, no trajeto conducente ao Reino dos Céus.
Na sua carta aos Efésios 2:19-22 o apóstolo Paulo disse a propósito: “Assim já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito.”
Sem margem de dúvidas que o apóstolo aponta para Jesus Cristo como a verdade. É ele a pedra angular, o fundador e sustentador da igreja – que são os crentes – ou tal como ele afirma, os santos, que vivem agraciados como templo recetor do Espírito Santo, no cumprimento das palavras de Jesus quando disse aos seus discípulos que não os deixava sós, na medida em que o Pai enviaria o Consolador que é o Espírito Santos, que alerta do pecado, da justiça e do juízo.
E para terminar este meu escrito, transcrevo uma estrofe e coro da letra dum hino que eu tanto gosto:
“Firme nas promessas do meu Salvador/ cantarei louvores ao meu Criador/ fico pelos séculos no seu amor/ firme nas promessas de Jesus/ firme, firme, firme, nas promessas de Jesus meu mestre/ firme, firme, sim firme nas promessas de Jesus/…”
Graça e Paz!
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