Normalmente quando se gosta de alguém, seja familiar, ou não, é com dor que os vemos afastarem-se para irem morar longe de nós; seja por causa de trabalho, casamento, estudo, saúde, conflitos pessoais, ou qualquer outra razão.
A distância, separação e a ausência, são elementos que mexem com o lado emocional e que podem inclusive provocar maiores ou menores transtornos, segundo a sensibilidade de cada um dos afetados.
É por isso que quando pelo verão chegam os emigrantes, para merecidas férias anuais, eles estão felizes por auferirem da presença de seus familiares. Vimo-los em núcleos íntimos, em felizes confraternizações, matando saudades pelo tempo que estiveram separados, e que de certa forma pretendem com aqueles momentos superar as angústias do afastamento.
Com esta introdução quero lembrar que sempre que os crentes se afastam da igreja, da família espiritual, que é da vontade do Senhor enquanto corpo de Cristo para as diversas funções na igreja, está-se a entristecer ao Senhor que quer os seus filhos junto a si, gozando de todas as bênçãos que Ele tem para dar.
A bíblia em Hebreus 10:25 refere o seguinte: “Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia”
Quando uma brasa é afastada do braseiro ela tende a apagar-se; porque para se manter acesa precisa do calor de todas as outras.
Assim acontece com aqueles que se afastam da igreja, aos poucos e sem darem conta vão-se afastando da palavra, e quando dão conta podem estar-se a comportar tal qual um comum descrente.
E para essas pessoas, imagino que Senhor estará provavelmente a dizer-lhes: Volta filho meu! Sabes que eu te conheço ainda não existias, e depois teci-te no ventre da tua mãe, importei-me contigo e trouxe-te para casa, e agora queres voltar para o mundo donde te resgatei?
Volta, porque te espero!
Na verdade Jesus Cristo morreu e ressuscitou por mim, por ti, por cada um de nós. E ao afastarmo-nos Dele só o estamos a machucar. Porque Ele nos ama de tal forma, que o apóstolo João 3:16 descreveu do seguinte modo: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Onde é que fora da conceção Divina se pode encontrar um amor igual?
Pelo contrário o mundanismo oferece engodos casuísticos e profanos, para afastar os incautos do verdadeiro amor que só se encontra em Deus.
E sobre o retorno a casa Jesus contou a parábola conhecida como a do filho pródigo, que em termos reduzidos descrevo: Um pai tinha dois filhos que os amava de igual modo. Um dia o filho mais novo exigiu antecipadamente a herança que lhe havia de caber um dia. E atraído pelos prazeres do mundo gastou a herança em deleites, até que ficou na miséria e para se sustentar foi trabalhar como guardador de porcos, com todas as desventuras daí decorrentes. Só nessa altura deu conta do seu miserável estado e voltou para casa do pai pedindo perdão.
O pai recebeu-o de braços abertos, cuidando fazer-lhe uma festa pelo seu regresso e as escrituras relatam o facto da seguinte forma: “Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e alegrar-nos. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado. E começaram a festejar o seu regresso” (Lucas 15:23-24).
De igual modo se pode concluir que o Senhor está de braços abertos, para receber todos aqueles que reconheçam ter andado desviados e queiram regressar aos braços do Pai Celestial.
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