Dei comigo a pensar na palavra purificar.
Na busca em dicionário ele informa-me que significa limpar, eliminar as impurezas na água; bem como no contexto espiritual, eliminar o pecado.
Focalizei estes dois exemplos, e fiquei a pensar na minha meninice em Angola, nascido numa fazenda do interior no Kuanza Sul, onde se ia buscar em garrafões água da fonte; que era cristalina e fresca, engarrafamo-la ao despenhar-se de entre algumas fragas para correr mais abaixo já em forma de ribeiro.
Imagino que ao longo de seu percurso ia incorporando bactérias próprias das zonas por onde passava e, seria possivelmente objeto de conspurcação humana, ou de uma ou outra qualquer forma que desrespeitasse a natureza, contribuindo para que essas águas se tornassem nauseabundas.
Nesse sentido para que se tornem consumíveis, era preciso trata-las, extraindo-lhes todas as impurezas que se lhe apegaram ao longo do percurso.
Veja-se, quando da criação de Adão, o primeiro homem, Deus criou-o puro.
Porém, Adão, influenciado pelo tentador deixou que a soberba o abstraísse da razão e contrariou a ordem expressa de Deus e, pecou.
Daí a origem do pecado, que não é nem mais, nem menos, que a conspurcação comportamental do homem, que o torna fétido aos olhos de Deus, que é Santo. E que através de Jesus Cristo, que é o próprio Deus feito homem, veio a este mundo com a missão de resgatar os homens.
Ou seja, limpar o homem da fetidez de que está assolado.
O apóstolo Paulo na sua carta aos Romanos 5:12 descreve muito bem essa situação: “Portanto, da mesma forma como o pecado entrou no mundo por um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte veio a todos os homens, porque todos pecaram.”
E tal qual o caudal das águas de um rio sob a influência de um afluente de águas conspurcadas, logo que estas se misturarem com o rio estragam-no, conspurcam-no irremediavelmente. E em consequência os peixes morrem e torna-se impróprio para consumo humano, e nesse estado se alguém ousar beber dessa água sujeita-se às consequências bacterianas que podem resultar em morte.
E a limpeza de toda a sujidade humana só por Jesus Cristo, tal como descreve João 3: 16 “”Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Jesus Cristo que gostava de utilizar metáforas no sentido de por as pessoas a pensar nas coisas essenciais para a vida de todos aqueles que o seguiam e o seguem, disse o seguinte: “Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. (João 4:13-14)
Donde se pode concluir que Jesus é pureza, santidade perfeita, que influência e não é influenciável, num processo permanente e que se encontra aberto a todos aqueles que se deixem moldar, na perspetiva de um novo percurso de vida que conduzirá até ao Pai.
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