A vida nas sociedades contemporâneas é muito agitada.
Acorda-se ao toque do despertador, e começa-se o lufa-lufa do dia com o vestir-se apressadamente para apanhar o metro, o comboio, o carro que ficou entalado no estacionamento, o telemóvel que não deixa de tocar por causa da reunião marcada e o transito infernal que não avança, o individuo da frente que deixou ir o carro abaixo e as buzinadelas que se embrulham com palavras muito pouco simpáticas, o ponteiro do relógio que não pára, enfim… o corre-corre de todos os dias.
Por causa de tudo isto, resulta em stresse, depressões, cansaço emocional, sem tempo para a família, amigos e conhecidos, e a vida cada vez mais condicionada às exigências de uma modernidade consumista para tentar compensar o incompensável, que deveria ser com o tempero no tempo dos nossos dias.
E quando se dá conta, já não se pode conduzir porque os olhos estão envelhecidos, as doenças disputam a vez de se instalarem, as forças começam a faltar, e lá vem o dia que com trouxa, ou sem ela, se vai a caminho da casa de dia, do lar, do familiar, ou outra qualquer instituição em que as horas não passam e as assistentes sociais procuram animar com canções da velha guarda, e a espera torna-se longa, longuíssima, e o tempo não pára porque já não é tempo de esperar, e há uma chamada a que se responde: sou eu, eu mesmo, eu, euuuuu…, a mente apaga e o coração deixa de bombear.
Enquanto cristão, acredito sinceramente na vida para além da morte.
Acredito na vida eterna como um legado de Cristo, que se começa a viver com a devida propriedade ainda em vida, no amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos, que nos permite viver em sentimento de harmonia connosco mesmo e de aproximação constante a Deus.
E por conscientes nas promessas de Cristo, independentemente de continuarmos nesta terra sujeitos a dores, alegrias e tristezas, encaramos os desafios com a confiança da caminhada espiritual em direção a uma latitude diferente. Ou seja, para a Pátria Celestial.
Acredito que a nossa parte imaterial, chamada de alma, espírito, ou como lhe queiram chamar; vejo-a no exemplo de um arquiteto, que antes de dar corpo a uma obra física, começa por a imaginar e vai projetando no papel o formato, que de certa forma é o espírito da obra, e que irá dar origem à construção. O mesmo se passa com um escultor, que para dar corpo a uma obra, o seu imaginário (projeto, espírito) é o início que o levará para a transposição física daquilo que espera fazer.
Do meu ponto de vista bem, ou mal, associo que Deus ao fazer o homem dotou-o de alma, espírito, seja lá como lhe chame, que é a parte dotada de imortalidade, que incorporou na parte física, o que a bíblia lhe chama de sopro e, que, deseja recuperar após propósito de vida.
O apóstolo João descreveu muito bem essa nova dimensão espiritual, em Apocalipse 19:6-7 do seguinte modo: “Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: Aleluia! Pois reina o Senhor, o nosso Deus, o Todo-poderoso. Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou.”
Sendo que esta descrição refere ao encontro entre Cristo e sua igreja. Ou seja, os salvos, descrito em 1 João 5:11 da seguinte forma: “E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e essa vida está em seu Filho.”
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