Em dias de confinamento, vamos celebrar a Páscoa no recato e na singeleza de nossas casas. Provavelmente iremos estar muito mais próximo do Deus feito homem, na medida em que as luzes da ribalta, o consumismo desenfreado, as forças que se aproveitavam para desviar a atenção do verdadeiro significado da Páscoa cristã, não poderão incidir diretamente nesta Páscoa tal como o faziam.
Talvez o que precisávamos para nos entreolharmos uns aos outros em simplicidade, e ressurja naturalmente o humanismo cristão.
Talvez o confinamento nos leve a repensarmos a forma como nos estávamos a comportar como seres humanos, e ainda como igreja, em que o vil metal ocupava as preocupações com uma tal expressão que, nos esquecíamos de pontos fulcrais, tais como: a humildade, a compreensão e a compaixão, o sentido da ajuda, o perdoar as ofensas uns dos outros, o afirmar convicto enquanto crentes, o amarmos a Deus sobre tudo e amarmos o próximo.
Sem dúvidas que os momentos de crises, são propícios para que se reflita, e em consequência se reajuste o trajeto da caminhada, tal como o fizeram aqueles dois humildes homens que se dirigiam desalentados para Emaús, e à qual se juntou Jesus no mesmo percurso, sem que eles o tivessem reconhecido, e os dois dissertavam mormente sobre a desilusão de terem perdido o mestre a quem seguiam. E foi necessário, que Jesus lhes explicasse o cumprimento das escrituras, e quando se alimentavam e no partir do pão reconheceram que o viajante era, nem mais, nem menos, que Jesus Cristo o ressurreto, de acordo com o que Ele havia ensinado. E o estado de espírito mudou de imediato, dando lugar ao regozijo.
Assim, andamos nós os cristãos, distraídos com as ofertas do mundo, e esquecemo-nos verdadeiramente da mensagem da cruz, que o Senhor Jesus, por amor, e no cumprimento do propósito de Deus para a humanidade, veio a este mundo em forma de homem, para viver como homem, morrer por crucificação, e ressuscitar ao terceiro dia, para salvação de todos aqueles que o aceitem como Senhor e Salvador.
E nesse sentido façamos eco das palavras de Jesus, quando disse: “Ainda por um pouco a luz está convosco. Andai enquanto tendes luz, para que as trevas não vos apanhem; e quem anda nas trevas não sabe para onde vai. Enquanto tendes luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz.” (João 12:35-36)
Nesse sentido vamos celebrar a Páscoa no resguardo da confinação em nossos lares. Mas, também, com reflexão e autocritica, com leitura da palavra de Deus, com oração, e usufruamos da graça de já sermos filhos de Deus.
Aleluia! Aleluia!
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