Há um velho provérbio português que observa: “Temos cinco dedos na mão e nenhum deles é igual.”
Estava aqui a pensar nas reações das pessoas para uma mesma ocorrência.
Direi que, perante um processo desses, a mais das vezes a abordagem é diferente de pessoa para pessoa.
Porque cada um tem a sua forma de observar e de se manifestar sobre o mesmo acontecimento. Na mais das vezes, complicando, desconsiderando, descontextualizando, odiando, vulgarizando, encobrindo, ou invejando, na medida em que o assunto seja de boa, ou má índole.
Porém, o acontecimento não deixa de ser o mesmo, e não se transmuta de acordo com as reações.
Contudo, se perante uma ocorrência do tipo de catástrofe, as pessoas reagem normalmente no sentido igualitarista. Pelo facto da tragédia impactar e levar a que cada um se questione sobre a precariedade da vida humana.
Direi, mais, nesse caso abre-se o gavetão das surpresas, com reflexos no dia-a-dia daquilo que os humanos não conseguem controlar, e que tanto e tanto assusta.
E numa questão dessas, não vale nada o ouro no banco, nos dentes, ou nos dedos. Pois ninguém leva nada como consolo, ou glória, ainda que no antigo Egito os mortos fossem enterrados com os seus pertences.
O que a história conta é que, aquela velha prática serviu de estímulo para profanação dos túmulos, e enriquecimento indevido dos profanadores.
No entanto em caso de catástrofe, até a natureza se perde em tristeza, e desolação, como que envergonhada do caos produzido, com a ceifa de vidas humanas e não só.
Ainda ontem, estava a ver o programa de solidariedade com o povo de Moçambique, por causa do terrível furacão que assolou o País. E nesse sentido constatei a solidariedade com os que sofrem; o que é demonstrativo de que afinal, a sociedade não é assim tão insensível e desligada do que se passa fora de portas, precisando somente de alguém que agite as águas para que prevaleça o lado humano, e a generosidade vem ao de cima.
O nosso planeta é uma aldeia global, onde de certa forma temos que ser uns com os outros, em que o amor e a compaixão devem andar de braço dado, por modos a conferirmos que somos realmente “todos diferentes, e todos iguais!”.
E quando isso acontece, a mensagem da cruz resplandecente em Jesus Cristo, e revigora-se a sociedade de matriz judaico-cristã __ quer queiram ou não, os seus muitos adversários __ não conseguem que não se confirme a influência das palavras do Senhor: “amarás a Deus acima de todas as coisas, e o teu próximo como a ti mesmo”.
Já em ocasião específica, o apóstolo Paulo enfatizou o seguinte em Atos 20:35 “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer aos necessitados, e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: mais bem-aventurado é dar do que receber”.
E é deste modo, que também se louva a Deus.
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