Eu não sei se muitas ou poucas pessoas, já não fizeram a seguinte pergunta: o que estou aqui a fazer, neste mundo?
Uns perguntam-se por estarem em sofrimento, e quererem ver-se aliviadas; outras, por um estado avançado de idade; ainda outras, porque deixaram de encontrar satisfação na sua existência; além outras, por estarem inseridas num meio deprimente?
No entanto, a vida no seu quotidiano, permite comparações no estado de vida, com os vizinhos e amigos. E nesse sentido a mais das vezes o processo tem caraterísticas de autoflagelação com a insatisfação pelos insucessos.
Contudo, existem os bafejados pelo sucesso económico, social, e político, que também são acometidos com perguntas existencialistas, a mais das vezes escondidas no fundo dos seus seres, para que os outros não saibam, nem sonhem.
Direi que todos estes sintomas precisam de ajuda para ultrapassar essas dúvidas existencialistas, sendo que há os que recorrem a ajuda especializada para ultrapassar essas fases com mais, ou menos, sucesso momentâneo.
Porém, a bíblia diz-nos que a principal causa deste questionamento deve-se ao pecado, que afastou o homem de Deus.
No princípio, a relação de Adão e Eva para com Deus era uma relação de proximidade e confiança, pelo que usufruíam do bem-estar estabelecidos no paraíso, por Deus. Onde não havia necessidades, sofrimentos, doenças, receios, nem transpiração.
Note-se que, antes da tentação, Adão não tinha perguntas existencialistas. Ele vivia em perfeita harmonia com Deus.
Ora, o homem ao pretender ser igual a Deus, ouviu o apelo da serpente, comeu do fruto proibido e pecou. Ao violar aquilo que Deus lhe ordenara, o homem sujeitou toda a criação às consequências do pecado, aquilo que até então era desconhecido para Adão.
Sendo que o homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir seu próprio caminho e seu relacionamento com Deus desfez-se. Esse estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidenciado naquilo que a Bíblia chama de pecado.
Ainda assim, Deus o Criador não se esqueceu dos homens, e através da sua humanização, morte na cruz, ressurreição, pelo seu único projeto salvador que é Jesus Cristo, volta a aproximar o homem de Deus.
Assim, as perguntas existencialistas têm resposta na necessidade do homem ter presente Deus na sua vida; para o dia-a-dia, para que receba o conforto, paz, esperança, e amor, que o Senhor oferece, e ajuda na ultrapassagem das questões que se nos oferecem.
Daí aquela satisfação que o crente tem, de em circunstância alguma sentir-se sozinho, e que leva a que adoremos a Deus no reconhecimento de que ele nos doou o seu espírito, para que vivamos uma vida concorde com o propósito da inclusão, onde o, eu, é substituído por nós; e onde a vontade soberana de Deus impera, é entendível como nosso reflexo de liberdade, de vontade, de amor, e de força maior no sentido da vida, independentemente das circunstâncias.
Sendo esta parte uma porção da resposta à pergunta inicial.
Contudo, objetivamente a aproximação a Deus tem como finalidade última, a vida eterna. O estado alternativo que Deus criou, ao nosso estado atual de vida.
O sublinhado daquilo que o apóstolo João relata em Apocalipse, de que, todos os salvos vão formar um coro celestial, como expressão de vitória da vida sobre a vida, para glorificarmos a Deus.
Pelo que reproduzo aqui Apocalipse 19:6-7: “Também ouvi uma voz como a de grande multidão, como a voz de muitas águas, e como a voz de fortes trovões, que dizia: Aleluia! Porque já reina o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso. Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória; porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou”
Esta é verdadeiramente a grande razão da vida!
Regi
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